O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, disse em entrevista publicada neste sábado (27) que o país está em “guerra total” com os Estados Unidos, a Europa e Israel.
Em suas palavras, essas potências ocidentais querem colocar o Irã “de joelhos”, o que ele não permitirá, segundo informações da imprensa estatal iraniana.
Pezeshkian concluiu na entrevista que o conflito atual é “mais complexo” do que a guerra Irã-Iraque na década de 1980, pois agora Teerã está sob pressão “de todos os lados”.
Segundo o presidente iraniano, no conflito da década de 1980, “a situação era clara, eles dispararam mísseis e nós sabíamos onde atingir”. Desta vez, disse ele, “eles [Estados Unidos, Europa e Israel] nos situando por todos os lados, criando problemas para nós em termos de subsistência, culturalmente, politicamente e em termos de segurança”.
Apesar de admitir que o país enfrentará dificuldades desde os ataques americanos de junho, Pezeshkian afirmou que as forças armadas iranianas saíram “fortalecidas” do conflito com Israel e Estados Unidos. Na ocasião, o governo de Donald Trump autorizou o lançamento de ataques aéreos contra infraestruturas nucleares do país persa.
“Nossas queridas forças militares estão cumprindo suas funções com vigor e agora, em termos de equipamentos e efetivos, apesar de todos os problemas que enfrentamos, são mais fortes do que quando atacaram. Portanto, se quiserem atacar, naturalmente encontrarão uma resposta mais estratégica”, disse ele.
Com a “guerra de 12 dias”, como ficou conhecido o rápido conflito de junho iniciado por Israel, as permanências elevadas entre os países e seus aliados. Os ataques israelenses resultaram em aproximadamente 1.100 mortes no Irã, segundo a imprensa local, incluindo altos comandantes militares e cientistas nucleares, enquanto ataques com mísseis iranianos mataram 28 pessoas em Israel.
As declarações de Teerã surgem pouco antes do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chegar aos Estados Unidos, onde deverá se reunir na segunda-feira (29) com o presidente americano, Donald Trump, na Flórida.
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