A Justiça do Irã anunciou nesta terça-feira (5) a pena de morte de três pessoas por suspeitarem de espionarem para Israel e tentarem introduzir no país material para facilitar o assassinato, em 2020, do cientista nuclear Mohsen Fakhrizadeh, uma ação que Teerã acusa Tel Aviv de liderar.
Os três condenados espionaram “para o regime de ocupação (Israel)” sob “o pretexto de contrabandear álcool”, disse o porta-voz do Judiciário iraniano, Asghar Jahangir, em coletiva de imprensa.
Jahangir afirmou ainda que os três réus, cujos nomes ou dados das reportagens não foram revelados, “tentaram introduzir no país material para assassinar Fakhrizadeh” em 2020.
Fakhrizadeh foi morto a tiros com uma arma de fogo acionada por controle remoto na área de Absard, na província de Teerã, em um assassinato que o Irã classificou como “terrorismo de Estado” e pelo qual acusou Israel.
O cientista foi apontado pelos serviços de inteligência ocidentais como diretor do suposto programa secreto iraniano para desenvolvimento de armas nucleares e morreu no hospital devido a danos sofridos no ataque.
As autoridades iranianas executaram nesta segunda-feira (4) o jovem Arvin Ghahremani, um judeu iraniano de 20 anos condenado por homicídio, depois de uma família da vítima ter inicialmente aceitado uma “diyya” (compensação financeira), mas mudou de ideia e tradição a execução quando descobriu sua religião.
As sentenças anunciadas nesta terça-feira são divulgadas em meio a uma nova escalada de tensão depois que Israel matou cinco pessoas em um ataque há poucos dias contra o Irã, que prometeu vingança.
O ataque israelense ocorreu semanas depois que o Irã atacou seu território em 1º de outubro com cerca de 180 mísseis em resposta às mortes de Ismael Haniya, líder do grupo terrorista Hamas, e Hassan Nasrallah, líder da milícia libanesa Hezbollah.
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