O ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, anunciou nesta quinta-feira (7) a demissão de 15 funcionários da estatal Intercargo, que prestam serviços de solo em aeroportos do país.
Segundo comunicado publicado por Caputo no X, a decisão foi tomada devido a uma mobilização de trabalhadores da empresa que gerou confusão no aeroporto Aeroparque, em Buenos Aires, na quarta-feira (6). A gestão de Javier Milei alega que os funcionários fizeram reféns durante o incidente.
De acordo com informações do jornal Clarín, em resposta à demissão de um funcionário, trabalhadores da Intercargo fizeram uma “assembleia” dentro do terminal que provocou o cancelamento de pelo menos 26 voos e atrasos no Aeroparque.
“Decidimos demitir 15 funcionários da Intercargo que ontem fizeram passageiros reféns por meio de um piquete aéreo. Na Argentina que estamos construindo, não vamos permitir esses mecanismos de extorsão”, escreveu Caputo no X.
O governo da Argentina recebeu denúncias criminais contra sindicalistas da Associação do Pessoal Aeronáutico (APA) e funcionários da Intercargo, por acusações de privação ilegal de liberdade, extorsão e obstrução do transporte aéreo.
O argumento é que a mobilização fez com que mais de 900 pessoas ficassem retidas em seis aviões no Aeroparque e outros 1,3 mil em voos retidos em Ezeiza, aeroporto na Grande Buenos Aires.
A APA negou que seus membros tenham mantido as referências. Recentemente, o governo de Javier Milei reabriu a discussão para privatizar a companhia aérea estatal Aerolíneas Argentinas, depois que paralisações sindicais provocaram grandes transtornos nos aeroportos do país.
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