Poucas horas depois do governo dos EUA classificar o presidente da Colômbia como “líder do tráfico de drogas” no país, o secretário da Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, confirmou a morte de três pessoas ligadas a uma guerrilha do narcotráfico daquele país. As mortes ocorreram na sexta-feira (17) e foram confirmadas neste domingo (19).
Em seu perfil no XHeghset comparou o Exército de Libertação Nacional (ELN) da Colômbia com o grupo terrorista islâmico Al-Qaeda. O ataque, segundo o secretário, ocorreu em águas internacionais no mar do Caribe, com forças dos EUA atacando um embarque que levaria “quantidades substanciais de narcóticos”.
“Tive três narcoterroristas do sexo masculino a bordo do embarque durante o ataque, todos morreram. O embarque era conhecido por nossa inteligência por estar envolvido no contrabando de narcóticos e estava viajando por uma rota conhecida do narcotráfico e operando na área de responsabilidade do USSOUTHCOM”, descreveu.
USSOUTHCOM é uma sigla em inglês para o Comando Sul dos EUA, integrante das forças militares do país responsável por operações de segurança no Caribe e nas Américas Central e do Sul. A sede do grupo fica em Doral, no estado da Flórida, e o comando é de responsabilidade do almirante Alvin Holsey, cuja suspensão foi anunciada para o final de 2025.
Operação militar dos EUA no Caribe começou em agosto
Este é o mais recente de uma série de ataques realizados pelas forças americanas contra embarques na região. No final de agosto, a gestão Donald Trump iniciou uma operação militar no Mar do Caribe, com o envio de oito navios de guerra e um submarino nuclear para as águas próximas da Venezuela, com o objetivo de evitar a chegada de drogas ao território americano. Os EUA também enviaram caças F-35 para um aeródromo em Porto Rico para que fossem realizadas operações contra cartéis de drogas no Caribe.
Desde então, as forças americanas realizaram vários ataques contra barcos no Mar do Caribe, alegando que transportavam drogas de gangues venezuelanas, intervenção que já matou 27 traficantes, segundo a Casa Branca.
A ONU e ONGs internacionais questionam a legalidade desses ataques a embarcações. O governo Trump alega que tais ações são legítimas, já que designou vários cartéis de drogas como organizações terroristas este ano.
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