O principal candidato da oposição na eleição presidencial de julho na Venezuela, Edmundo González, disse nesta segunda-feira (18) que espera que a libertação de presos políticos que a ditadura de Nicolás Maduro promova na sexta-feira (15) e no sábado ( 16) marque “um novo boato” para o país, mas que há “muito mais” presos injustamente.
“Aqueles que foram libertações nunca deveriam ter sido detidos”, disse González à agência EFE em Málaga, Espanha (onde está asilado desde setembro).
“A liberdade é algo que, uma vez tomada, você a quer para sempre”, disse o opositor, que afirmou que as libertações foram realizadas “detidos sem motivo”, apenas por participarem de protestos contra a ditadura venezuelana.
“[Que] esta liberação marca o novo boato para que 10 de janeiro seja a data de reencontro para todos os venezuelanos”, disse, citando os dados da posse presidencial.
González afirmou que terá esses dados em Caracas para tomar posse, embora o chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE) sustente, sem apresentar documentos para comprovar, que Maduro venceu a eleição presidencial de 28 de julho.
A ONG Foro Penal informou que 131 pessoas detidas na repressão após a fraude eleitoral que manteve Maduro no poder foram libertadas no fim da semana passada. O Ministério Público da Venezuela, aparado pelo chavismo, alega que 225 foram colocados em liberdade após revisão de seus casos pelos tribunais.
Porém, o Foro Penal informou que 1.836 pessoas foram detidas na repressão pós-eleitoral, ou seja, centenas de presos políticos encarcerados.
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