O papa Francisco modificou alguns dos ritos fúnebres dos papas. Entre as novidades introduzidas estão a confirmação da morte não no quarto, mas na capela, a deposição imediata dentro do caixão, a exposição à fé sem o catafalco e a eliminação dos tradicionais três caixões de cipreste, chumbo e carvalho.
Assim se lê na nova edição da Ordo Exsequiarum Romani Pontificistornada pública nesta quarta-feira (20) e que regulamenta o funeral de um pontífice. A determinação foi aprovada em 29 de abril deste ano, com os novos desejos do Papa Francisco para “simplificar e adaptar alguns ritos para que a celebração do funeral do Bispo de Roma expresse melhor a fé da Igreja em Cristo Ressuscitado”.
Outra “é a introdução das ordens de ordem para o eventual sepultamento em uma novidade local diferente da Basílica Vaticano”. Como Francisco já anunciou, quer ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma. “O rito renovado destaca que o funeral do Romano Pontífice é o de um pastor e discípulo de Cristo e não de um poderoso deste mundo”, explica a nova revisão.
Mantêm-se as chamadas “três estações”, os passos após a morte de um pontífice. Embora na primeira estação esteja indicado que a confirmação da morte será realizada em sua capela privada, em vez de na sala, o corpo será imediatamente depositado no único caixão de madeira com interior de zinco, antes de ser transferido diretamente para a basílica.
Anteriormente, o corpo do papa foi transferido para a capela do Palácio Apostólico, uma vez que o pontífice ali residia, mas Francisco mora na residência da Casa Santa Marta, por isso esta etapa foi eliminada. Também foram especificadas algumas passagens da chamada segunda estação: como a deposição no caixão já ocorreu após a confirmação da morte, o caixão é fechado na véspera da missa fúnebre.
Na Basílica Vaticano, o corpo do papa será exposto diretamente no caixão aberto, mas não em um catafalco como estava até agora, nem o bastão papal será colocado ao lado do caixão durante esta exposição. Na terceira estação, que inclui a transferência do caixão para o túmulo e a sepultura, elimina-se a tradição de enterrar os papas em três caixões: “um de cipreste em um segundo de chumbo e em um terceiro de carvalho ou outra madeira”.
Além disso, seguindo o modelo dos funerais dos bispos, serão utilizados títulos mais simples durante as cerimônias religiosas, como “papa”, “bispo de Roma” e “Pastor”, eliminando, por exemplo, “Romano Pontífice”.
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