Manuel Monsalve, ex-subsecretário do Interior do Chile acusado de estupro, foi preso nesta quinta-feira (14) em sua casa na cidade litorânea de Viña del Mar.
Agentes da Polícia de Investigação do Chile (PDI) entraram na casa no início da manhã e levaram o acusado para um tribunal em Santiago.
Monsalve, até poucas semanas atrás uma das figuras mais bem cotadas do governo do presidente do país, Gabriel Boric, deixou a carga em 17 de outubro depois que uma de suas assessoras o denunciou por suposto estupro.
Os eventos, de acordo com a denúncia, ocorreram em 22 de setembro em um restaurante de hotel no centro de Santiago, onde Monsalve e uma ex-assessora jantaram e beberam álcool.
O ex-subsecretário, que estava sem escolta naquele dia, apesar de ser o responsável pela luta contra o crime organizado no país, também está sendo investigado por uma possível violação da Lei de Inteligência, já que tentou que os agentes da PDI analisassem as câmeras de segurança do hotel dias antes da apresentação da denúncia.
“O mais importante em uma situação dessa natureza, que é extraordinariamente complexa e grave, é saber a verdade. O que eu disse desde o início é que as declarações devem ser investigadas, independentemente de quem elas afetem”, disse Monsalve em 1º de novembro em suas primeiras declarações à imprensa após a divulgação do caso.
A denúncia causada por um terremoto político no governo e tanto Boric quanto seu ministério do Interior, Carolina Tohá, recebeu muitas críticas por como lidaram com uma questão tão sensível para a esquerda como a violência de gênero, por não terem sido demitidos Monsalve depois de tomar conhecimento dos fatos e por terem esperado dois dias para fazê-lo.
A prisão ocorre horas depois que o pai do reclamante expressou em uma entrevista exclusiva ao canal CHV Noticias sua preocupação com a demora na acusação formal do ex-subsecretário.
“Confio no promotor e nas pessoas do Ministério Público que nos deram apoio. Mas tenho algumas receitas. Estamos lidando com uma pessoa muito poderosa”, declarou o pai da suposta identidade vítima, que não revelou sua.
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