Os EUA anunciaram nesta quarta-feira (12) avaliações contra mais de 300 pessoas e entidades, tanto na Rússia como fora das suas fronteiras, incluindo empresas chinesas acusadas de vender chips a Moscou que são usadas na produção de armas usadas na guerra na Ucrânia.
O anúncio, que afeta entidades e indivíduos da Ásia, Oriente Médio, Europa, África, Ásia Central e Caribe, surge pouco antes do início, nesta quinta-feira (13), da cúpula do G7 na região de Apúlia, no sul da Itália , na qual a guerra na Ucrânia será uma das questões centrais.
O objetivo das avaliações é cortar o financiamento ao setor bélico da Rússia e evitar que o Kremlin atravesse as avaliações impostas por Washington e seus aliados após a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, detalharam os Departamentos de Estado e do Tesouro em dois comunicados.
Em um desses comunicados, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, afirma que estas medidas deixam a economia russa ainda mais “desesperada” para acesso ao mundo exterior.
No centro das novas medidas é uma expansão das chamadas de avaliação “secundárias”, que dá aos Estados Unidos a capacidade de colocar na lista negra qualquer entidade que faça negócios com entidades russas anteriormente sancionadas.
Esta medida tem como objetivo encorajar as entidades financeiras, especialmente na China, a apoiar financeiramente os esforços de guerra da Rússia.
O Departamento do Tesouro também implementou restrições contra a bolsa de valores de Moscou, a fim de impedir que investidores estrangeiros apoiassem financeiramente empresas russas no setor de defesa.
Da mesma forma, as avaliações de várias empresas chinesas que Washington acusa de vender chips à Rússia e de ajudar o Kremlin a ter acesso a equipamento militar crítico para a guerra na Ucrânia, como drones e lasers.
Estes chips são um aspecto fundamental das avaliações porque, segundo Washington, a Rússia ainda obtém chips de países terceiros e os utiliza para construir missões e outras armas, apesar dos esforços ocidentais para limitar o acesso de Moscou às tecnologias que apoiam o seu esforço de guerra.
Outras análises são dirigidas contra empresas “envolvidas no desenvolvimento da futura capacidade de produção e exportação de energia, metais e mineração da Rússia”, conforme detalhado pelo secretário de Estado, Antony Blinken, em uma das notas.
Embora as medidas ampliem o regime de avaliação dos Estados Unidos contra a Rússia, até agora o governo de Joe Biden não impôs avaliações diretamente aos bancos chineses ou europeus suspeitos de estarem financiando a máquina de guerra russa. (Com Agência EFE)
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