O governo dos Estados Unidos, sob liderança do presidente Donald Trump, vai enviar um contingente de 200 militares ao Oriente Médio para supervisionar o cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas, segundo informaram autoridades americanas e reportagens do jornal Os Tempos de Israel e da agência EFE. A medida faz parte da implementação da primeira fase do acordo de paz mediado por Washington, aprovado pelo gabinete de segurança israelense nesta quinta-feira (9).
De acordo com um alto funcionário citado pelo Os Tempos de Israelo almirante Brad Cooper, chefe do Comando Central dos EUA (CENTCOM), o grupo “terá inicialmente 200 pessoas no terreno. Seu papel será supervisionar, observar e garantir que não haja notícias”. Segundo a mesma fonte, oficiais militares do Egito, Catar, Turquia e possivelmente dos Emirados Árabes Unidos serão incorporados à equipe americana para cumprir uma missão multinacional de monitoramento.
Um segundo funcionário esclareceu que “nenhum soldado americano deverá entrar na Faixa de Gaza”. Fontes próximas ao governo dos EUA informam ao Os Tempos de Israel que os militares americanos ficarão baseados principalmente no Egito, onde será criado um centro conjunto de cooperação com forças internacionais e israelenses, a fim de evitar incidentes ou confrontos durante a retirada gradual das tropas.
A agência EFE acrescentou que os militares americanos atuarão em tarefas humanitárias e de supervisão, estabelecendo um “centro de cooperação civil-militar” em áreas israelenses e palestinas. O almirante Cooper será o responsável por garantir o cumprimento dos protocolos de segurança e observar o comportamento das forças locais.
“O plano de segurança foi praticado por meses e será compartilhado com as autoridades de Israel”, afirmaram fontes militares à EFE.
O acordo entre Israel e Hamas para liberação de reféns e cessar-fogo, anunciado nesta quarta-feira (8) após mediação internacional, prevê a liberação de todos os sequestrados em troca de retirada parcial de tropas israelenses em Gaza.
O gabinete israelense aprovou o plano de paz em uma votação considerada histórica, após dois anos de guerra intensa contra o Hamas. Segundo fontes ouvidas pela CNNo cessar-fogo deve entrar em vigor imediatamente, marcando o início da fase mais delicada do processo de pacificação liderado pelos Estados Unidos.
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