O governo dos Estados Unidos impôs nesta quinta-feira (21) avaliações contra o Gazprombank, um dos maiores bancos da Rússia, além de depósitos de instituições e funcionários do setor bancário do país, para continuar reduzindo a capacidade de Moscou de usar o sistema financeiro guerra internacional na Ucrânia.
O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse em comunicado que o Gazprombank era o último grande banco russo que não havia sido alvo de avaliações por Washington em resposta à intervenção contra a Ucrânia.
“As análises de hoje limitam ainda mais o abuso do sistema financeiro internacional por parte da Rússia para ajudar a financiar sua guerra contra a Ucrânia. Os EUA ainda estão empenhados em colocar a Ucrânia na posição mais forte possível e continuarão a tomar todas as medidas disponíveis”, explicou.
Com as avaliações, a propriedade e os bens nos EUA das empresas afetadas estão congelados, elas estão proibidas de fazer negócios com empresas ou indivíduos no país, retirando-as assim, efetivamente, do sistema bancário americano.
O Departamento do Tesouro destacou em outro comunicado que o Gazprombank e suas seis filiais estrangeiras estão sendo punidos por serem um canal para a Rússia comprar equipamentos militares para seu esforço de guerra contra a Ucrânia. As participações envolvidas estão em Luxemburgo, Hong Kong, Chipre, Suíça e África do Sul.
O governo da Rússia, segundo o Departamento do Tesouro Americano, também usa o banco para pagar seus militares e indenizar as famílias dos combatentes mortos na guerra com a Ucrânia. Com essas avaliações, os EUA se juntam a uma medida já tomada pelo Reino Unido, Austrália, Canadá e Nova Zelândia.
Para reduzir ainda mais as conexões da Rússia com o sistema financeiro internacional, também foram alvos de avaliações mais de 50 bancos russos de pequeno e médio porte, como o Interstate Bank e o Centrocredit Bank.
“As instituições financeiras estrangeiras que controlam relações com esses bancos devem estar cientes de que continuar fazendo isso acarreta um risco significativo de análise”, alertou o Departamento do Tesouro.
O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (Ofac) também mirou em 11 agentes do Banco Central da Rússia, “incluindo aqueles envolvidos na manutenção da conectividade financeira internacional da Rússia ou na promoção de caminhos financeiros alternativos que o país pode usar para pagar por equipamentos e tecnologias muito necessários”.
O Ofac também emitiu um alerta contra a adesão de instituições estrangeiras ao Sistema de Transferência de Mensagens Financeiras, serviço especializado de mensagens financeiras desenvolvido pelo Banco Central da Rússia para neutralizar o efeito de medidas restritivas, como a desconexão do sistema Swift. Quem aderir ao serviço russo poderá receber avaliações.
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