O secretário do Estado dos EUA, Antony Blinken, acusou nesta quinta-feira (5) o ditador da Rússia, Vladimir Putin, de ter “um projeto imperialista para apagar a Ucrânia do mapa” e denunciou a escalada da guerra representada pelo envolvimento de tropas enviado pela Coreia do Norte.
Durante o seu discurso no Conselho Ministerial da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), realizado em Malta, Blinken lembrou que já em 2008 Putin declarou que a Ucrânia não era um Estado e que seis anos depois ocorreu uma “anexação ilegal” da península ucraniana da Crimeia.
O chefe da diplomacia americana participou da sessão plenária desta reunião, que terminou nesta sexta-feira (6), na qual também esteve presente o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov.
É a primeira vez que Lavrov impõe os pés a um país da União Europeia (UE) desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.
Apesar de ter sido sancionado pela UE, o ministro Russo recebeu permissão para participar neste fórum, um dos últimos em que a Rússia e o Ocidente se enviaram à mesma mesa.
O ministro russo saiu da sala pouco depois de fazer um discurso no qual disse que a OSCE perdeu sua utilidade.
Além disso, anunciava para um renascimento da Guerra Fria, o que, segundo disse, implica “um risco muito maior de passar para o seu estado quente”.
“Lamento que o nosso colega Lavrov tenha dito da sala sem a cortesia de nos ouvir como nós o ouvimos”, disse Blinken, que acusou seu homólogo russo de ser um divulgador de desinformação.
Blinken afirmou ainda que a Rússia é culpada pela escalada da guerra na Ucrânia, e citou como exemplos o uso de tropas norte-coreanas e os ataques à infraestrutura energética da Ucrânia, incluindo suas instalações nucleares, algo que “representa uma ameaça para todos os países nesta sala”.
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