Enquanto a esquerda pediu que fossem realizadas eleições presidenciais antecipadas (a princípio, a votação para escolher um substituto para Emmanuel Macron está marcada para 2027), o RN não se pronunciou nesse sentido, mas pediu “respeito” ao partido.
“Com um movimento de desconfiança [aprovada na Assembleia Nacional]“Todas as políticas de Emmanuel Macron foram derrotadas e exigimos que ele saia”, disse a deputada esquerdista Mathilde Panot, que pediu eleições presidenciais antecipadas, segundo informações da agência Reuters.
Já Marine Le Pen, líder do RN, foi mais cautelosa. “Não estou pedindo a renúncia de Macron, mas a pressão está aumentando, ele sozinho tem a última palavra”, afirmou.
Le Pen disse que o RN tem algumas exigências para apoiar o próximo primeiro-ministro, incluindo “respeito” aos seus eleitores, e afirmou que o partido contribuirá na elaboração de um orçamento.
As propostas orçamentárias de Barnier, que estava no cargo há apenas três meses, acabaram custando o cargo ao primeiro, já que um movimento de desconfiança contra ele foi apresentado após ele ter utilizado um artigo da Constituição francesa para aprovar uma lei com seu plano de financiamento da previdência social em 2025 sem votação no Parlamento.
O primeiro recorreu à medida porque a proposta não teve votos para passar na Assembleia Nacional. A votação desta quarta-feira representou a primeira vez, desde 1962, que um movimento de desconfiança contra um primeiro-ministro foi aprovado no Parlamento da França.
Macron fará um pronunciamento na quinta-feira (5) sobre o resultado da votação. No X, o ministro da Economia, Finanças e Indústria de Barnier, Antoine Armand, criticou a aprovação da moção de desconfiança.
“Hoje, num ato oposto ao patriotismo, o RN e o NFP uniram as suas vozes para desestabilizar o país”, disparou.
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