Pelo menos 10 norte-coreanos que fugiram da ditadura paranóica de Kim Jong-un foram encontrados na China e levados de volta ao seu país de origem após manifestarem sua fé. Eles faziam parte de um grupo com aproximadamente 200 refugiados.
Após terem contato com cristãos no território chinês, foram descobertos e obrigados a voltar para a Coreia do Norte, onde foram enviados para campos de presos políticos, um método comum do regime comunista para torturar dissidentes.
O motivo das denúncias contra os refugiados foi que eles leram a bíblia ao terem contato com a fé cristã, algo que foi combatido tanto pelo regime de Pequim como Pyongyang.
Uma fonte anônima às Portas Abertas, que acompanha a situação dos cristãos pelo mundo, que os refugiados foram detidos e investigados sob tortura durante três meses antes de serem enviados aos campos de prisão.
“Cristãos são considerados espiões em busca de informações das autoridades norte-coreanas. Por isso, são alvos de perseguição extrema. Uma das principais tarefas do investigador é descobrir se o interrogado foi a alguma igreja, leu a Bíblia ou encontrou outros cristãos na China”, contou um parceiro local da organização.
Segundo a fonte, quando se identifica que o refugiado é um cristão, as punições costumam ser mais graves. “Fui presa na China por participar de um encontro secreto de mulheres cristãs norte-coreanas. Sabia que teria que mentir, dizer que eu não era cristão e que estava ali por acidente. Eu seria severamente torturado e provavelmente me enviariam para um campo de prisão sem qualquer possibilidade de sair de lá. E, de fato, fui enviado para um acampamento de reeducação por três anos”, contou uma vítima da ditadura paranóica de Jong-un.
Um cristão sobreviveu dois anos em um campo de prisão e conseguiu fugir para a China novamente. A ditadura de Kim nomeou esses locais como “campos de reedução”, dando a ideia de que são locais que os presos passam por uma doutrinação de acordo com as regras impostas pelo regime comunista.
Em fevereiro, o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, reabriu um campo de prisão que estava fechado desde a década de 1980.
O local, conhecido como Campo 17, é o destino de críticos do regime, que são obrigados a trabalhos solicitados e uma “reeducação ideológica”, conforme contorno uma testemunha ao jornal sul-coreano Relatórios diários NKnaquela ocasião.
Ó NK diário revelou, por meio de fontes anônimas, que a Coreia do Norte opera nove campos grandes de prisão.
Segundo investigações realizadas nos últimos anos por organizações que investigam a situação de direitos humanos no mundo, os detidos sobreviveram com pequenas porções de comida e, com frequência, sob condição de maus-tratos nesses locais. Além disso, estão expostas situações de trabalho perigosas e punidas com crueldade.
A Coreia do Norte, que se mantém nos últimos anos em primeiro lugar na Lista Mundial de Perseguição Religiosa da ONG Portas Abertas, também opera campos descritos pelo Estado como “zona de controle absoluto”, onde os prisioneiros passam o resto da vida.
Os que seguem para esses campos são considerados inimigos “incorrigíveis” pelo Estado e trabalham até a morte.
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