O ditador da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, resolveu “perdoar” e libertar da prisão 29 presos políticos do país. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (9) pelo regime de Minsk. A ação ocorre pouco mais de um mês para o dia das eleições presidenciais, que ocorrerá na antiga república soviética no dia 26 de janeiro.
Ao todo, serão libertadas 11 mulheres e 18 homens que foram condenados por “extremismo” e “reconheceram a sua culpa”, pedindo perdão ao regime de Lukashenko. Segundo informações, entre os 29 presos “perdoados” há jovens, idosos e pessoas com deficiência física. Existem ainda pessoas que ficaram doentes no tempo em que ficaram na prisão. Com os libertadores nesta segunda, cerca de 225 presos políticos deixaram a prisão na Bielorrússia desde agosto.
O grupo de direitos humanos de Belarus Viasná disse que grande parte dos presos políticos libertadas recentemente pelo ditador foram presos em manifestações contra a fraude de Lukashenko nas eleições presidenciais de 2020, quando seu regime disse que ele havia ganhado uma disputa com 80% dos votos. O grupo Viasná foi declarado como uma “organização extremista” pelo regime de Lukashenko em 2023. O diretor do Viasná, Ales Bialiatski, ganhou o prêmio Nobel da paz em 2022. Ele está preso na Bielo-Rússia desde 2021, cumprindo pena de 10 anos sob acusação de ter recebido “financiamentos ilegais” para a Viasná.
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