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Diplomatas dos EUA chegam à Síria para discutir transição

Diplomatas dos EUA chegam à Síria para discutir transição

Uma delegação do governo dos EUA está nesta sexta-feira (20) em Damasco pela primeira vez desde a fuga do ditador Bashar al-Assad para discutir com o governo interino da Síria e outras partes os princípios de transição e transição como ajudar o país nesse novo período, informou um porta-voz do Departamento de Estado.

O grupo é liderado pelo assessor para assuntos do Oriente Médio, Daniel Rubinstein, e inclui ainda a responsável do Oriente Médio no Departamento de Estado, Barbara Leaf, e o principal negociador do governo para a libertação de reféns, Roger Carstens.

O porta-voz disse que são os primeiros diplomatas americanos a irem à capital síria desde que o ditador Assad fugiu no último dia 8 e foi exilado na Rússia, destituído por uma coligação insurgente liderada pela Organização para a Libertação do Levante.

Rubinstein liderará o esforço diplomático dos EUA e como tal estará em contato direto com a população e outras partes chave do país e coordenará com aliados e parceiros a promoção dos princípios da transição política marcada em Aqaba (Jordânia) no último dia 14.

Nesse dia, altos representantes dos EUA, França, Turquia e oito países árabes, além das Nações Unidas e União Europeia (UE), participaram em um encontro convocado pelo rei da Jordânia, Abdullah II, para chegar a acordo sobre uma posição unificada em relação à nova era na Síria.

A reunião de Aqaba optou por trabalhar pela estabilidade e segurança dos territórios sírios, respeitar as minorias, evitar o radicalismo, construir instituições, formar um governo abrangente que inclua todos os sírios e agir para que os responsáveis ​​​​pelos crimes sejam responsabilizados.

A porta-voz do Departamento de Estado Americano indicou nesta sexta-feira que uma delegação planeia se reunir com representantes do HTS para discutir estes princípios.

Rubinstein, Leaf e Carstens também falaram sobre “população síria, incluindo membros da sociedade civil, ativistas, membros de diferentes comunidades e outras vozes sírias sobre sua visão para o país e como os EUA podem ajudá-los”.

Washington afirmou na última terça-feira que estava disposto a retirar eventualmente as avaliações econômicas que foram impostas ao regime de Assad durante anos e outras ações restritivas se a situação no país melhorar.

A delegação aproveitará a oportunidade para tentar obter informações sobre o destino dos cidadãos americanos desaparecidos durante a ditadura.

Entre eles Austin Tice, um jornalista e ex-fuzileiro naval que saiu à Síria em 2012 para cobrir a guerra civil que acabou de começar no país e que desapareceu em agosto daquele ano, justamente quando planejava deixar o território sírio.

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