
Arqueólogos descobriram no complexo moderno de Chankillo, no Peru, onde estão os restos do observatório astronômico mais antigo da América, uma estrutura de observação ainda mais antiga, que seria de um dado anterior ao ano 250 aC, o que “redefine as origens da astronomia andina”, informou o Ministério da Cultura do país.
“Essa descoberta redefine as origens da astronomia andina e amplia significativamente a cronologia do desenvolvimento astronômico na região, tornando-se um dos registros mais antigos de planejamento planejado orientado para os movimentos do sol na América”, afirmou o órgão.
Em comunicado, o Ministério da Cultura Peruano informou que a Unidade Executora 010, que trabalha no Complexo Arqueoastronômico Chankillo, localizado na região norte de Ancash, revelou pesquisas que confirmam a presença de uma estrutura arquitetônica mais antiga que o próprio Observatório Solar de Chankillo, construído por volta de 250 aC
O ministério destacou que as escavações ainda continuam e que se aguardam as datações por radiocarbono que permitirão determinar a idade da estrutura.
“No entanto, sua orientação solar, estratigrafia e materiais de construção confirmariam que se trata de uma construção com função astronômica, anterior ao Observatório Solar de Chankillo, considerado o mais antigo do hemisfério”, informou a pasta.
O Ministério da Cultura peruano acrescentou que essa descoberta se soma a identificação de um corredor intencionalmente alinhado com o ciclo lunar, “o que demonstra que no complexo foram realizados observações tanto solares quanto lunares, e o conhecimento astronômico era mais diversificado e avançado do que se até agora”.
O órgão lembrou a recente descoberta de um grande vaso cerimonial do estilo Patazca, com aproximadamente um metro de altura, com figuras de guerreiros modeladas em argila em posição de combate.
“A sua colocação num local exclusivo de acesso ao observatório evidencia a existência de elites que combinavam conhecimentos astronômicos com liderança militar, reforçando a função política e ritual do Templo Fortificado”, acrescentou.
O Ministério da Cultura peruano afirmou que as descobertas consolidam o vale de Casma, onde fica o Complexo Arqueoastronômico Chankillo, como “um dos centros astronômicos ancestrais mais importantes do mundo”.
Os trabalhos de escavação e restauração continuam tanto no Observatório Solar quanto nas Treze Torres, para que possam ser abertos ao público nos próximos anos.











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