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Cúpula sobre paz na Ucrânia ocorre neste final de semana

Diversos líderes mundiais se reunirão durante este final de semana com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Suíça, planejando explorar as diversas formas de encerrar o conflito em curso no leste europeu, visto como o mais mortal do continente desde a Segunda Guerra Mundial .

A reunião, que não contará com a presença da Rússia, ocorrerá no resort montanhoso suíço do Buergenstock, durante este sábado (15) e este domingo (16). A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, o presidente francês, Emmanuel Macron, e os líderes de Alemanha, Itália, Reino Unido, Canadá e Japão estão entre aqueles que participarão do encontro.

A Índia, que ajudou Moscou a sobreviver aos choques de avaliações econômicas, deverá enviar uma delegação ao encontro. A Turquia e a Hungria, que também mantêm laços cordiais com a Rússia, serão representadas pelos seus ministros das Relações Exteriores.

Apesar de sua importância, o evento deverá ficar até o objetivo de Kiev de isolar Moscou.

Apesar de meses de intenso salão da Ucrânia e da Suíça, alguns países não estarão presentes na cúpula, principalmente a China, importante consumidor de petróleo russo e fornecedor de bens que ajudam Moscou a manter sua base industrial bélica, principalmente chips, segundo a OTAN e os EUA.

“Esse encontro já é um resultado”, disse Zelensky em Berlim na terça-feira (11), confirmando o desafio de manter o apoio internacional, agora que a guerra avança para seu terceiro ano.

Segundo a Suíça, juntando os citados, 92 países e oito organizações participaram do encontro. Os organizadores, que prepararam um comunicado conjunto, tiveram dificuldade para encontrar um equilíbrio entre condenar as ações da Rússia e garantir a maior quantidade possível de participantes, afirmam diplomatas, de acordo com a agência Reuters.

Um esboço final da declaração do encontro refere-se à “guerra” da Rússia contra a Ucrânia, e também salienta o compromisso com a carta da Organização das Nações Unidas (ONU) e o respeito às leis internacionais, segunda duas pessoas próximas ao assunto, relacionadas pela Reuters.

Os participantes que não cumprirem o acordo com a declaração têm até o fim desta sexta-feira (14) para retirar seus nomes, informados como fontes à agência. O Ministério das Relações Exteriores da Suíça negociou um comentário sobre o tema.

A Suíça quer que o encontro sirva de preparação para um “futuro processo de paz” do qual participará a Rússia, e que determine qual país poderá assumir na próxima fase.

Diplomatas afirmam que a Arábia Saudita está entre os favoritos, e Zelensky visitou o país nesta quarta-feira (12) para discutir o tema com o príncipe-herdeiro Mohammed bin Salman.

O ditador russo, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira que a Rússia poderá implementar um cessar-fogo se a Ucrânia “descartar sua ambição de se juntar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e retirar suas tropas das regiões ucranianas reivindicadas por Moscou”.

Kiev, no entanto, tem reiterado que a sua integridade territorial é “inegociável”. A Rússia, que invejou compras de milhares de soldados na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, falou sobre a ideia de um encontro para o qual não foi convidado como “fútil”. A China e o Brasil têm restrições por um plano de paz que tenha a participação de “ambos os lados”. Moscou disse apoiar os esforços de Pequim para encerrar o conflito.

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