O Congresso dos Estados Unidos está correndo contra o tempo para evitar uma possível paralisação do governo federal, que pode ocorrer até o final desta sexta-feira (20) caso uma proposta de extensão do orçamento público não seja aprovada.
A situação tem contornos ainda mais dramáticos após críticas contundentes do presidente eleito Donald Trump e do empresário Elon Musk à proposta de orçamento que já estava sendo discutida por republicanos e democratas na Câmara e no Senado.
O projeto inicial, defendido pelos democratas e apresentado esta semana, propunha a extensão do funcionamento das agências federais até março de 2025, no entanto, incluía um aumento significativo nos gastos públicos e na transição dos parlamentares. Esta proposta já foi demonstrada pelo presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson, mas começou a enfrentar resistência dentro do próprio Partido Republicano nesta quarta-feira (18), quando deputados da sigla obtiveram a ser pressionados por críticas de Trump e Musk, que os incentivos a retirar seu apoio ao plano.
Trump disparou críticas contra a proposta de orçamento por meio da Truth Social.
“Esse projeto de lei está cheio de concessões para censores do governo. Ele aumenta a probabilidade do Congresso enquanto muitos americanos enfrentam dificuldades neste Natal”, afirmou o presidente eleito.
Musk, que deverá liderar o Departamento de Eficiência Governamental (Doge) a partir de janeiro – agência que será responsável por corte de gastos, criticou a proposta em postagens no X, onde a falou como “criminosa” e incentivou seus seguidores a pressionarem congressistas a rejeitá-la.
“Qualquer membro da Câmara ou do Senado que vote a favor desse projeto merece ser removido da carga em dois anos!”, declarou Musk.
Tanto o empresário quanto o presidente eleito são contra o aumento de gastos propostos pelos democratas e acreditam que isso prejudicaria a futura administração Trump.
Lideranças no Congresso, incluindo Johnson, agora buscam imediatamente um “Plano B” para evitar a paralisação, mas o prazo curto e as divisões internas dentro do Partido Republicano estão complicando a situação. Segundo informações, Johnson tem trabalhado nas últimas horas para ajustar uma nova proposta que elimina os gastos considerados “supérfluos”. Contudo, os democratas indicaram que não apoiarão mudanças no acordo que já foi negociado e estava sendo pensado.
Na Verdade Social, Trump incentivou os republicanos a adotarem uma postura firme na discussão, rejeitando a discriminação dos democratas, e sugerindo que confrontassem qualquer ameaça de paralisação, tratando-a como um blefe.
“Os republicanos precisam ser inteligentes e firmes. Se os democratas ameaçarem paralisar o governo a menos que eles demos tudo o que querem, então chamem de blefe deles”, escreveu.
Consequências de uma paralisação
Caso não seja alcançado um consenso, o governo federal ainda liderou pelo democrata Joe Biden enfrentará sérias consequências: agências federais e parques nacionais poderão ser fechados, serviços públicos reduzidos, e centenas de milhares de funcionários federais poderão ficar sem salários anteriores do Natal e Ano Novo. Programas de assistência, como os US$ 100 bilhões previstos para a recuperação de estados atingidos por furacões, e um auxílio de US$ 30 bilhões para agricultores, também são ameaçadores.
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