A Plataforma Unitária Democrática (PUD), aliança opositora do regime venezuelano, denunciou nesta terça-feira (23) que a ditadura chavista, liderada por Nicolás Maduro, tem dificultado o credenciamento de testemunhas para acompanhar as eleições do dia 28.
Três opositores afirmaram que há “obstáculos” no sistema do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela para o registro em massa de testemunhas que irão monitorar a votação.
A PUD diz que registou mais de 90 mil testemunhas, mas teve “dificuldades técnicas” que impediram a impressão das credenciais ao desempenho da função no dia das eleições.
“Não foi possível avançar no credenciamento em massa de testemunhas devido a um sistema que, ao que parece, foi desenhado para desacelerar o processo”, disse Delsa Solórzano, líder do partido Encontro Cidadão, acompanhada de Juan Carlos Caldera, líder do partido Primeira Justiça , outro integrante do PUD, e Perkins Rocha, assessor de campanha da coligação e porta-voz do candidato González Urrutia.
“Estes obstáculos da engenharia eleitoral não podem, neste momento, serem apoiados e não são típicos do que foi aqui (…) é o melhor sistema eleitoral do mundo [frase repetida pelo ditador Nicolás Maduro em comícios]. Acreditamos que é um transtorno que precisa ser resolvido com urgência para todos. (…) Sem testemunhas não há, em última análise, um processo eleitoral transparente”, disse Rocha.
A oposição afirmou que entrou em contato com a CNE para solucionar a questão, mas não teve retorno.