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China condena jornalista e ativista por “incitação à subversão”


Espaço no Edifício Vermelho, em Pequim, contando a história do comunismo na China: ditadura data cerco sobre vozes discordantes| Foto: EFE/EPA/WU HAO

Um tribunal da China condenou nesta sexta-feira (14) um jornalista e um ativista que foi acusado de “incitação à subversão do poder do Estado”.

Segundo informações da Anistia Internacional, o Tribunal Intermediário de Guangzhou, no sul da China, condenou Sophia Huang Xueqin a cinco anos e Wang Jianbing a três anos e seis meses de prisão.

A ONG informou que as reportagens de ambos, que estão presas desde setembro de 2021, estão relacionadas à participação em manifestações e cursos em online na área de direitos humanos e às postagens em redes sociais sobre questões “sensíveis” pela ditadura chinesa.

Sophia foi uma das criadoras do movimento #MeToo na China, com o objetivo de divulgar casos de agressão e assédio sexual e fornecer apoio e assistência jurídica às vítimas. Wang Jianbing também apoiava a causa, além de prestar assistência jurídica a pessoas com deficiência ou com doenças ocupacionais.

“Na verdade, eles não cometeram nenhum crime. O governo chinês inventou desculpas para considerar o trabalho deles uma ameaça e para atacá-los por educarem a si próprios e aos outros sobre questões de justiça social, como a dignidade das mulheres e os direitos dos trabalhadores”, afirmou em comunicado a diretora da Anistia Internacional para a China, Sarah Brooks.

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