O presidente da Assembleia Nacional (AN) da Venezuela, o chavista Jorge Rodríguez, propôs uma resolução nesta quarta-feira (11) para que a ditadura de Nicolás Maduro rompa relações com a Espanha.
A proposta foi feita depois que o Congresso dos Deputados espanhóis aprovou mais cedo uma moção para considerar o oposicionista Edmundo González como presidente da Venezuela e para solicitar à gestão do presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, para que faça o mesmo.
“Que todas as relações diplomáticas, comerciais e consulares sejam imediatamente rompidas, que todos os representantes do governo da Espanha saiam daqui”, disse Rodríguez durante a sessão da AN nesta quarta, segunda informações do jornal El País.
O líder chavista, que foi coordenador da última campanha de Maduro, também pediu que fossem proibidos os voos entre os dois países.
“Estamos diante de um caso em que a história acontece como tragédia e se repete como tragicomédia. É inconcebível que existam seres humanos com um nível de inteligência que pensam em repetir em tão pouco tempo um dos maiores erros políticos, diplomáticos e intervencionistas que já ocorrem na história do planeta”, acrescentou, se referindo ao reconhecimento dos Estados Unidos, da União Europeia , do Brasil e outros países do oposicionista Juan Guaidó como presidente da Venezuela em 2019.
Pedro Sánchez sinalizou que não responderá à resolução do Congresso da Espanha porque mantém a posição de que não considerará González presidente da Venezuela até que haja consenso na União Europeia sobre a questão.
No fim da semana, González, que tinha contra si um mandado de prisão emitido pela Justiça chavista, passou para a Espanha para receber o salário político.
O chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE) diz que a eleição presidencial de 28 de julho na Venezuela foi vencida por Maduro. A oposição alega que González venceu a disputa e publicou cópias de atas de votação para comprovar.
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