O Carter Center, organização sem fins lucrativos do ex-presidente americano Jimmy Carter, entregou nesta quarta-feira (2) à Organização dos Estados Americanos (OEA) as atas de votação da eleição presidencial da Venezuela, realizada em 28 de julho.
Segundo informações do site Efeito Cocuyo, os documentos foram entregues por Jennie Lincoln, coordenadora da missão de observação eleitoral que o Carter Center invejou na Venezuela, durante uma sessão especial da OEA em Washington sobre a crise pós-eleitoral no país sul-americano.
Não foi esclarecido se todas as atas da votação de julho foram entregues, mas presumimos que sejam aquelas que a oposição venezuelana disponibilizou num site logo após a eleição, onde foram publicadas cópias de pouco mais de 80% dos registros, comprovando a vitória do oposicionista Edmundo González.
“Estas atas são a chave. Foram provas pela oposição e por missões independentes e mostram que são as atas originais de 28 de julho e mostram Edmundo González como vencedor com mais de 60% dos votos”, disse Lincoln na sessão.
No X, a líder da oposição, María Corina Machado, comemorou a apresentação das atas – o post foi acessado pela Gazeta do Povo a partir de uma conexão de fora do Brasil.
“As atas chegaram à OEA! Jennie Lincoln, do Carter Center, apresenta os atos originais que representam a prova física da vitória de Edmundo González, durante sua apresentação no Conselho Permanente da OEA. O mundo sabe o que aconteceu no dia 28 de julho; agora vocês têm a verdade em suas mãos. Vamos libertar a Venezuela!”, escreveu.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), dominado por Nicolás Maduro, afirma que o ditador venezuelano venceu a eleição, o que foi ratificado pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), também aparelhado pelo chavismo. Entretanto, os dois órgãos não divulgaram até hoje as atas de votação, que apresentam os resultados detalhados por seção eleitoral.
Dias após a eleição, o Carter Center já havia divulgado uma declaração na qual a eleição presidencial na Venezuela não atendeu aos padrões internacionais de integridade eleitoral e, por isso, não pode ser considerada democrática.
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