A China anunciou nesta semana o adiamento do retorno da nave espacial Shenzhou-20, que estava programado para reentrar na atmosfera terrestre na última quarta-feira (5), devido a uma invasão possível com pequenos fragmentos de detritos espaciais, informou a Agência de Missões Espaciais Tripuladas (MSMA) do país.
A agência afirmou em um comunicado à imprensa que análises de impacto e avaliações de risco estão em andamento para determinar a extensão da situação e garantir a segurança dos três astronautas a bordo.
“A decisão de adiar o retorno visa garantir a segurança da tripulação e o sucesso da missão”, disse a MSMA.
A Shenzhou-20 foi lançada em abril passado pelo Centro Espacial de Jiuquan, no Deserto de Gobi, e levou os astronautas Chen Dong, Chen Zhongrui e Wang Jie para a Estação Espacial Tiangong, onde instalada por mais de seis meses realizando experimentos científicos e tarefas de manutenção.
O retorno da espaçonave estava programado para esta semana, após a chegada da nova tripulação da Shenzhou-21, que acoplou-se a Tiangong na semana passada para iniciar uma nova missão.
Tiangong (Palácio Celestial, em chinês) foi projetado para operar por pelo menos dez anos e poderá se tornar a única estação espacial habitada do mundo quando a Estação Espacial Internacional for desativada, o que está previsto para o final desta década.
Pequim fortaleceu seu programa espacial nos últimos anos com missões ambiciosas, como o módulo de pouso Chang’e 4 no lado oculto da Lua e a missão Tianwen-1 em Marte, e planeja construir uma base científica no polo sul lunar em colaboração com outros países.
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