Dois altos funcionários da Arábia Saudita e quatro do Ocidente informaram à Reuters que Riad desistiu por ora de aprovar um amplo tratado de defesa com os Estados Unidos.
Agora, a ditadura do príncipe herdeiro e primeiro-ministro Mohammed bin Salman, conhecido como MBS, busca um acordo de menor escala na área, informando as fontes ouvidas pela agência de notícias.
O tratado com os americanos seria uma das critérios da Arábia Saudita para normalizar as relações com Israel, negociação que foi interrompida após os ataques do grupo terrorista Hamas ao território israelense, em outubro de 2023, e o início da guerra na Faixa de Gaza.
No início deste mês, MBS fez duras críticas a Israel durante uma reunião de líderes de nações islâmicas em Riad, classificando a agressão contra o Hamas em Gaza como “genocídio”.
Segundo fontes da Reuters, antes do início da guerra, a Arábia Saudita admitiu que um “compromisso público” de Israel com a criação de um Estado palestino seria suficiente para normalizar as relações entre os dois países.
Entretanto, devido ao conflito, MBS agora condiciona a consideração de Israel à tomada de “ações concretas” para a solução de dois Estados – um cenário incontornável, no atual momento de guerra e pela oposição de partidos da coalizão do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, à ideia .
O Arábia já possui parcerias militares com os Estados Unidos, e nesse acordo menor agora procurado por Riad, estariam incluídas medidas como exercícios militares, conjuntos e treinamentos para lidar com ameaças regionais, principalmente do Irã, e parcerias entre empresas de defesa dos EUA e sauditas , com garantias para evitar colaborações do reino com a China.
Entretanto, não seria um tratado militar de grande escala, como aqueles que os americanos estabeleceram com Japão e Coreia do Sul, que incluem o compromisso de intervenção americana direta caso esses países sejam atacados.
A expectativa é de que esse acordo seja menor fechado antes que o presidente Joe Biden deixe a Casa Branca, em 20 de janeiro.
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