o site CARNAVALESCO conversou com André Rodrigues, no sábado das campeãs, quando o artista ainda estava na Beija-Flor de Nilópolis. Depois, ele saiu e foi anunciado na Portela para o Carnaval 2024. Por isso, nesta matéria não temos nenhuma pergunta sobre a nova escola.
Para André Rodrigues, apesar de vários problemas em sua montagem, o saldo do desfile da Beija-Flor foi positivo. Ele conta que além do problema com incêndio, também houve falhas na finalização do barracão que prejudicaram uma melhor passagem da azul e branca pela avenida.
“Eu acho que foi um bom desfile. Não tem como dizer que foi um padrão ruim da Beija-Flor. Existiram erros obviamente como sempre. Aconteceram principalmente por descuidos nossos principalmente de montagem, a gente estava bastante problemático na finalização do barracão por conta do tamanho do barracão para atender o tamanho da Beija-Flor, mas o meu saldo ficou positivo, não tem como achar que um carnaval deste tamanho, um carnaval bonito como esse que enfrenta um incêndio na sua curva, um carnaval que enfrenta uma montagem caótica por conta disso. A gente foi a quinta escola a desfilar, uma dificuldade para conseguir montar as coisas, ficar em quarto lugar, sabe? Pra mim também foi muito bom, é uma avaliação de entre todos os artistas, a gente foi a quarta dupla melhores avaliações. Dentro de um carnaval tão competitivo como este, tão bonito, acho que foi um bom resultado”, conto André.
Depois do desfile da azul e branca de Nilópolis, o público nas redes sociais criticou o trabalho apresentado pela escola, a maioria dessas críticas foram direcionadas ao carnavalesco, algumas delas foram pesadas e causaram chateação de André. Para eles, esses comentários são absurdos e injustos, segundo o carnavalesco, não é único responsável por controlar todos os componentes ou verificar pequenos detalhes. André diz ainda que críticas dessa forma nunca foram direcionadas a uma única pessoa.
“Eu considero absurdas na verdade, eu acho que é mais que absurdo, eu acho que é impossível achar que dentro de um carnaval como esse, quarto lugar, uma posição ruim, considerando o que nós enfrentamos dentro do barracão. Principalmente quando ela é tratada para apenas uma pessoa, que no caso fui eu. Eu não consigo carregar uma escola de samba de 2500 componentes nas costas, eu não consigo carregar seis categorias, três tripés sozinhos nas costas, na hora do desfile eu tava desesperado com a montagem de um carro que quase não monta, não tem como ver se a placa caiu, ou se o costeiro da pessoa não está certo, não tem a menor condição, isso nunca aconteceu, isso nunca foi cobrado de um único carnavalesco, não dessa maneira. Acho que foi uma falta de respeito que aconteceu, mas eu acredito muito que daqui a pouco com a cabeça fria, as pessoas vão começar a olhar pra esse desfile com outros olhos que é o que ele merece”, pontuou André.
O enredo da Beija-Flor foi preso de espera no pré-carnaval, porém, os jurados enxergaram problemas em sua concepção e execução, o que causou penalização em todos os módulos de julgamento, para André, o maior problema foram as justificativas iguais dadas por três jurados, sobre a as penalizações em alegorias, ele concorda, mas diz que esperava outras justificativas.
“Acho que as notas de enredo as justificativas não cabem, uma justificativa muito solta achei três justificativas iguais, o que é muito estranho pra gente sempre que três jurados apontem com os mesmos textos, a mesma justificativa, achei que as quatro notas de enredo não foram tão bem, não foram tão bem desenvolvidos conforme suas justificativas. Eu acho que a gente está passível a ser julgado, obviamente, a gente está aqui pra isso, mas eu acho que as justificativas tem que vir coerentes com aquilo que eles realmente fingem dizer e não ser quase que prolixo com o que eles fingem, mas achei tão ruim. As notas de alegoria foram notas até que passaram, acho que a justificativa foi até onde a gente não esperava. Eu vi outros problemas na escola que eu consegui que poderiam ser problemas para serem justificados, mas que na hora não foram, acontece, esse é o jogo, carnaval é um jogo pra ser jogado, a gente está aqui pra ser julgado e funciona assim, o jurado diz o que ele acha, a gente diz o que a gente acha, mas no fim das contas quem da a nota são eles”, finalizou o carnavalesco.
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