Em ‘Goodbye Julia’, Mohamed Kordofani analisa o efeito que a separação do Sudão do Sul do Sudão em 2011 teve na vida das pessoas por meio de duas mulheres, Mona e Julia. Diretor de “Goodbye Julia”, Mohamed Kordofani, em Cannes, na França REUTERS/Sarah Meyssonnier de combates no Sudão expulsaram quase 1,1 milhão de pessoas de suas casas. “Sinto-me imensamente honrado e muito feliz pelo filme ter chegado a Cannes, e é uma grande recompensa para toda a equipe e elenco, inclusive para mim”, disse ele à Reuters nesta segunda-feira (22). “Mas, ao mesmo tempo, me sinto muito mal… e no tapete vermelho enquanto as pessoas fogem de balas e bombas.” Seu filme, “Goodbye Julia”, que estreou no sábado (20), analisa o efeito que a separação do Sudão do Sul do Sudão em 2011 teve na vida das pessoas por meio de duas mulheres, Mona e Julia, interpretadas pela atriz e cantora de teatro Eiman Yousif e pela modelo Siran Riak. Mona, uma cantora apostada do norte do Sudão, tenta apagar seus sentimentos de culpa depois de encobrir um assassinato levando uma viúva sul-sudanesa da vítima, Julia, e seu filho para sua casa. Incapaz de confessar, ela decide deixar o passado para trás. O Sudão tem sido dominado por combates entre duas facções militares por mais de um mês, com vários acordos de cessar-fogo falhando. Cerca de 705 pessoas morreram e pelo menos 5.287 ficaram feridas, segundo a Organização Mundial da Saúde, embora se acredite que o número de mortos seja muito maior.
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