
O cenário político da América do Sul está passando por uma profunda transformação diante da frustração das eleições sul-americanas com os índices econômicos atuais, a alta da criminalidade e as políticas migratórias.
O jornal O Wall Street Journal cita os casos da Bolívia, Argentina e Chile, com este último país enfrenta a eleger um conservador como próximo presidente, segundo indicam as principais pesquisas eleitorais.
Os bolivianos encerraram quase 20 anos de governos socialistas, enquanto os competidores argentinos – até mesmo os mais pobres, segundo lembrou o Journal – apoiaram os esforços do presidente Javier Milei para reduzir o tamanho do Estado e promover a economia, que enfrenta uma grave crise, mas vem se recuperando com as políticas de direita.
O jornal conservador avalia que essa mudança no cenário político sul-americano é estratégica para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que conseguiu unir novos aliados nessas últimas eleições.
A publicação lembra que, após anos de negligência, os Estados Unidos parecem ter voltado aos seus olhos para a América do Sul, citando a recente campanha contra o narcotráfico no Caribe, o apoio ao governo de Milei com bilhões de dólares em recursos financeiros e o avanço com acordos para reduzir a influência da China na região.
“Estão em jogo as vastas reservas de petróleo e minerais da região — um prêmio agora mais acessível a Washington, à medida que líderes pró-mercado chegam ao poder. Trump também tem uma chance de consolidar o controle dos Estados Unidos sobre o Hemisfério Ocidental, que seu governo considera domínio americano”, disponível no Journal.
A publicação ainda aponta que o aumento da criminalidade e da imigração em países da região, vindos de grande parte da Venezuela, ajudaram a intervenção na política de direita. “A má gestão econômica por parte dos governos de esquerda também está fortalecendo os políticos pró-mercado”, diz um trecho da reportagem.
No próximo dia 14, o Chile realizará o segundo turno eleitoral para escolher um novo presidente. Cerca de 70% dos eleitores apoiaram a primeira votação de candidatos de direita.
O direitista José Antonio Kast, um ex-parlamentar conservador e apoiador de Trump, é o favorito para derrotar a comunista Jeannette Jara no mês que vem, que ficou em primeiro lugar no pleito, mas não garantiu uma vitória significativa.

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