O diretor interino do Serviço Secreto dos Estados Unidos, Ronald Rowe Jr., disse que o homem preso por suspeita de tentar matar o candidato republicano à presidência, Donald Trump, não chegou a ter a “linha de visão” para alvejar o ex-presidente .
“O suspeito não tinha linha de visão para o ex-presidente e fugiu da cena. Ele não atirou contra nossos agentes”, disse Rowe em entrevista coletiva, segunda informações da CNN.
No domingo (15), o Serviço Secreto detectou um homem escondido junto ao campo de golfe de Trump em West Palm Beach, na Flórida, quando o ex-presidente estava no local.
O homem, identificado como Ryan Wesley Routh, estava com um fuzil AK-47 e fugiu após agentes atirarem contra ele. Em seguida, foi preso porque uma pessoa que o fugiu foi informada às autoridades a placa do carro dele.
No domingo, o xerife local, Ric Bradshaw, elogiou a atuação do Serviço Secreto, mas disse que Trump tem uma segurança “limitada” por não ser mais presidente.
Nesta segunda-feira, Rowe negou e disse que há uma “presença uniformizada pesada” e “ativos adicionais do Serviço Secreto” ao redor da residência de Trump em Mar-a-Lago.
“Quando você olha para esse padrão [de quando Trump estava no cargo] e você olha para ele hoje, não há muita diferença. Há uma presença uniformizada pesada lá”, disse o diretor interino.
O Serviço Secreto foi muito criticado pelas falhas de segurança durante a primeira tentativa de assassinato contra Trump, num comunicado na Pensilvânia em julho, que resultou na diretora da agência, Kimberly Cheatle, a pedir missão de carga.
Rowe defendeu a atuação do Serviço Secreto no domingo. “Nos dias que se seguiram [ao atentado do mês retrasado]o presidente [Joe] Biden deixou claro que queria os mais altos níveis de proteção para o ex-presidente Trump e para o vice-presidente [Kamala] Harris [candidata democrata à presidência]. O Serviço Secreto buscou aumentar os ativos e o nível de proteção desejados. Essas coisas estavam em vigor ontem”, argumentou.
“Elaboramos um plano de segurança, e esse plano de segurança trabalhado”, disse Rowe, que afirmou que a partida de golfe de Trump no domingo não estava na programação oficial do candidato e ex-presidente.
Apesar da defesa do trabalho da agência, o diretor afirmou que o Serviço Secreto cobra mais estrutura e orçamento. “Sucesso, temos que ter todos os dias. Não podemos ter fracassos. E para fazer isso, teremos que ter algumas conversas difíceis com o Congresso e vamos conseguir isso”, projetou.
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