A Suécia anunciou nesta sexta-feira (20) que não financiará mais a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA, na sigla em inglês), que presta ajuda humanitária a refugiados em territórios palestinos.
Segundo informações da agência Reuters, Estocolmo informou que agora passará a fornecer maior assistência humanitária à Faixa de Gaza por outros canais.
A mudança é uma resposta a uma lei aprovada em outubro no Knesset, o Parlamento de Israel, para proibir a partir de janeiro o funcionamento da UNRWA em território israelense, o que também restringirá o trabalho da agência em Gaza e na Cisjordânia, já que ela operação em cooperação com autoridades de Israel.
O governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acusou funcionários da UNRWA de serem vinculados ao grupo terrorista Hamas e de terem participado dos atentados de 7 de outubro de 2023.
“Grandes partes das operações da UNRWA em Gaza ficarão severamente enfraquecidas ou completamente impossibilitadas”, disse o ministro da Ajuda Humanitária sueca, Benjamin Dousa, à Reuters, comentando a lei israelense.
“Para o governo sueco, o mais importante é que o apoio chegue”, acrescentou, afirmando que a mudança não representa “de forma alguma” que Estocolmo concorde com a legislação aprovada em Israel.
Depois que o governo israelense fez as acusações contra a UNRWA, vários países suspenderam em janeiro o financiamento da agência, mas a maioria depois retomou os repasses, como a Suécia fez em março.
Num comunicado, Philippe Lazzarini, comissário-geral da UNRWA, lamentou a decisão de Estocolmo.
“A decisão do governo da Suécia de parar de financiar a UNRWA em 2025 é decepcionante e chega no pior momento para os refugiados palestinos”, afirmou.
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