A Polônia vê sabotagem em linha de envio de ajuda para a Ucrânia

O governo da Polônia anunciou nesta segunda-feira (17) uma explosão que danificou a ferrovia Varsóvia – Lublin, rota considerada essencial para o envio de ajuda militar e humanitária à Ucrânia. A ocorrência foi incidente como um “ato de sabotagem sem precedentes” pelo primeiro-ministro Donald Tusk, segundas informações divulgadas pelas emissoras França 24 e Deutsche Welle.

Conforme relatado Tusk na publicação no X, uma explosão atingiu um trecho da via férrea na altura da vila de Mika, cerca de 100 km a sudeste de Varsóvia. O primeiro-ministro afirmou que a explosão “visou diretamente a segurança do Estado polonês e de seus civis” e destacou que a linha é fundamental para o transporte de equipamentos destinados à Ucrânia, que está lutando contra a invasão da Rússia.

De acordo com a DWa Procuradoria Nacional da Polônia abriu uma investigação sobre “sabotagem de natureza terrorista” e trabalha com a hipótese de que o ataque tenha sido executado “em nome de um serviço de inteligência estrangeiro”. O porta-voz do órgão, Przemyslaw Nowak, disse que o cenário aponta para uma ação premeditada.

Segundo a França 24o caso só não foi comprovado em um descarrilamento porque o maquinista de um trem que se aproximou de acordos “anomalias na infraestrutura” e conseguiu parar antes de atingir a área danificada.

O ministro do Interior, Marcin Kierwinski, afirmou que uma análise preliminar de acordos sobre o uso de um cabo para acionar o artefatos explosivos, cujo fragmento foi encontrado no local. Acrescentou que as provas recolhidas deverão permitir a rápida identificação dos envolvidos.

A Polônia relatou uma série de tentativas de sabotagem atribuídas à Rússia desde o início da guerra na Ucrânia – incluindo incêndios criminosos, ataques cibernéticos e operações de espionagem. O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, declarou em Bruxelas que a aliança está “em contato estreito” com as autoridades polonesas. Já a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou no X que “as ameaças à nossa segurança são reais e crescentes” e pediu reforço imediato na proteção de infraestrutura crítica europeia.

O ministro da Defesa, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, informou que militares foram mobilizados para operar 120 km de trilhos que seguem em direção à fronteira ucraniana. A rota Varsóvia–Lublin é usada diariamente por cerca de 115 trens, segundo o Ministério da Infraestrutura.