Depois do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela ter anunciado que Nicolás Maduro foi o vencedor das eleições, sem a divulgação das atas eleitorais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá de responder. Lula, agora, precisa apenas definir os dados em que vai anunciar oficialmente o que já está acertado nos bastidores: que não irá considerar a vitória de Nicolás Maduro. Lula, contudo, não quer fazer isso sozinho e está discutindo com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, uma posição conjunta. Justiça da Venezuela ratifica vitória de Maduro nas eleições A Venezuela de Nicolás Maduro não deixou muito espaço para Lula e Petro tomarem outra posição. Além do anúncio do Tribunal Supremo, o governo venezuelano deixou claro que não será divulgado as atas eleitorais. As atas foram reivindicadas pelo Brasil, Colômbia, Estados Unidos, Canadá e países europeus, para tomarem um posicionamento oficial sobre a eleição. Gerou ainda mais orgulhoso no governo brasileiro o fato do presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, ter dito que a Venezuela abalou os mesmos passos do processo eleitoral brasileiro. Em pronunciamento, após divulgação da decisão do tribunal, Rodríguez debochou o assessor internacional de Lula, e mandou um recado para ele: “ouviu, Celso Amorim”. A diferença é que, no Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulga todos os resultados e documentos. E, na Venezuela, tanto o Tribunal Supremo como o Conselho Nacional Eleitoral são controlados por Maduro. A dúvida no Brasil é sobre a ocorrência de Nicolás Maduro em uma nota conjunta, Brasil e Colômbia, não registrando sua vitória. O governo brasileiro não pretende romper relações diplomáticas nem comerciais com a Venezuela, que faz fronteira com o Brasil e vende energia para Roraima. Um dos recebimentos do Brasil é com um aumento da saída de venezuelanos em direção ao território brasileiro. Lula diz discordar de nota do PT que autoriza a eleição de Maduro, e que 'problema da Venezuela será resolvido pela Venezuela' Maduro pode expulsar a embaixadora brasileira na Venezuela, Glivânia Oliveira, seguindo os mesmos passos de Daniel Ortega, na Nicarágua. Nesse caso, o Brasil não fecharia sua embaixada no país vizinho e manteria o encarregado de negócios à frente de sua representação na Venezuela. Isso até que novas negociações possam levar a uma normalização no relacionamento entre os dois países.
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