O ministro lembrou que os EUA são o segundo maior emissor de gases de efeito estufa e sofreram com furacões recentes. No primeiro mandato, Trump retirou-se do país do Acordo de Paris. Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva TV Globo/Reprodução A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse nesta quarta-feira (6) que a “governança climática” no mundo continuará a avançar, mesmo com a eleição de Donald Trump para assumir a presidência dos Estados Unidos. Questionada em uma entrevista coletiva, Marina Silva defendeu que outros países não podem ser solicitados a “trabalhar reforçado” para compensar eventuais retrocessos capitaneados por Trump – que já se mostrou cético quanto às mudanças climáticas. 🔎 Antes mesmo do fim da apuração, Trump foi declarado eleito na manhã de quarta ao conquistar os 270 delegados necessários para formar maioria no Colégio Eleitoral. Adversária na disputa, a atual vice-presidente Kamala Harris admitiu a derrota. Inpe: taxas de desmatamento cai 30% na Amazônia e 25% no Cerrado Acordo de Paris e emissão de combustíveis fósseis: como a vitória de Trump impacta no meio ambiente Trump vence a eleição com folga, garante maioria no Senado e deve controlar a Câmara ” Vocês viram o que está significando agora, nós termos que trabalhar pelos nossos quatro anos [de mandato] e pelos quatro anos de um governo que abandonou as políticas de enfrentamento à mudança do clima […] Os demais países, obviamente, terão que trabalhar complicados por um país que não quer, suponhamos que não queremos fazer a sua parte?”, questionou. “A questão climática é uma questão ambiental, de equilíbrio, mas é também de competição econômica. Todo o mundo vai ter que se esforçar para ter produtos que não sejam carbono-intensivos”, prosseguiu Marina. A ministra afirmou que os esforços globais avançaram mesmo durante o primeiro mandato de Trump ou nos governos de George W. Bush, por exemplo. que, pela razão do sistema político dos Estados Unidos, os governos locais podem agir mesmo sem esforços federais “Inclusive porque nos EUA os estados são independentes, e muitos estados podem fazer o enfrentamento à mudança climática independentemente do governo federal. É claro que é melhor quando se tem um alinhamento interno, como temos aqui no Brasil”, comparou. “Estamos vivendo uma situação limite. Não há mais espaço para protelar absolutamente nada com tudo o que está acontecendo, e o segundo maior emissor do mundo tem responsabilidades muito grandes no enfrentamento à emissão de CO2”, disse Marina.
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