O ex-presidente Michel Temer (MDB) rebateu as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chamou o impeachment de Dilma Rousseff de “golpe”. Temer classificou a fala de Lula como “bobagem” e “divisionista”, argumentando que o processo de impeachment foi legítimo e teve o apoio dos Poderes Legislativo e Judiciário.
“É uma bobagem o que ele falou, coitado. Não é bom, eu ontem disse que não queria fazer comentário porque o comentário ajuda divisão do país. Essa fala é uma fala divisionista. Foi uma infelicidade dele”, disse Temer em entrevista ao jornal O Globo publicado nesta sexta-feira (10).
Ao Lula visitar a galeria de fotos dos ex-presidentes no Palácio do Planalto, na quinta-feira (9), o criticou a ausência de informações sobre os mandatos de cada um e afirmou que o impeachment do presidente Dilma e a subsequente gestão de Temer foram fruto de um golpe.
“O que eu quero é que conte a História, a Dilma (Rousseff) foi eleita, foi reeleita, depois sofreu impeachment, que foi um golpe, depois esse aqui (apontando para Michel Temer) não foi eleito. Esse aqui tomou posse na função do impeachment da Dilma, tá? Depois esse aqui (apontando para Jair Bolsonaro) foi eleito em função das mentiras. É isso que tem que contar”, declarou Lula.
Temer ainda afirmou que o processo de impeachment foi prorrogado pelo Congresso Nacional e presidido pelo então ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski, hoje ministro da Justiça.
“A Constituição é clara. Quando cai o presidente, assuma o vice-presidente. As pessoas não prestam atenção ao texto constitucional, porque é de uma singeleza extraordinária, merece ser lido e relido especialmente por quem ocupa cargas públicas, no particular, na Presidência da República”, completou Temer.
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