BCN

STF valida acordo para reparação de danos por rompimento de barragem em Mariana (MG)

STF valida acordo para reparação de danos por rompimento de barragem em Mariana (MG)

53631108957 D80703e0e9 K.jpg




Passe a contar o prazo de até 150 dias para que as indenizações sejam pagas. O Tribunal Regional Federal da 6ª Região vai monitorar a implantação do acordo. Ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, durante sessão do tribunal. Gustavo Moreno/SCO/STF O Supremo Tribunal Federal (STF) validou por unanimidade nesta quarta-feira (6) o acordo fechado pelo governo federal, os estados de Minas Gerais, Espírito Santo e mineradoras para reparar os danos da tragédia de Mariana, em Minas Gerais. ⏳ Mais cedo, o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, homologou o acordo. Em seguida, tomou sua decisão ao plenário da Corte onde o acordo foi validado por demais ministros (leia mais abaixo). A partir de agora, passe a contar o prazo de até 150 dias para que as indenizações sejam pagas. O Tribunal Regional Federal da 6ª Região vai monitorar a implantação do acordo. Em sua decisão, Barroso citou que o valor pactuado é significativo e faz deste um dos maiores acordos ambientais da história, possivelmente o maior. “Houve ampla participação do Ministério Público e da Defensoria Pública, e a atuação dessas instituições, bem como a realização de audiências públicas nas localidades afetadas para escuta ativa da população, evidenciam os esforços para a tutela do interesse das vítimas e comunidades atingidas”, escreveu. Nove anos após a tragédia em Mariana, rompimento de barragem ainda impacta a população Em sessão no STF nesta manhã, Barroso explicou aos demais ministros os detalhes do seu entendimento e disse que há estimativa de que milhares de ações judiciais sobre o mesmo tema sejam extintas, caso os os participantes dos processos passam a aderir à solução consensual “Com esse acordo, espera-se que a maior parte das demandas judiciais propostas em decorrência do desastre seja imediata ou progressivamente extintas”, afirmou Detalhes do acordo. um dos maiores desastres ambientais do Brasil, prevê medidas estimadas em R$ 170 bilhões divididos em três frentes: 💵R$ 38 bilhões, que segundo o governo já foram pagos pelas mineradoras; 💵R$ 100 bilhões, que serão repassados ​​para os governos de Minas Gerais, do Espírito Santo e para a União; 💵R$ 32 bilhões para ações de indenização e ressarcimento. Segundo dados do governo, 300 mil pessoas podem precisar de peças. Pelo acordo, serão pagos: 💵R$ 35 mil para quem não foi contemplado nas indenizações anteriores; 💵R$ 95 mil no caso de pescadores e agricultores afetados. O novo acordo também deve garantir a recuperação ambiental de áreas atingidas por desastres. Uma tragédia foi em 2015. A barragem de Fundão, da mineradora Samarco, controlada pela Vale e BHP, se rompeu, despejando mais de 44 milhões de m³ de rejeitos de minério de ferro. O desastre matou 19 pessoas e sofreu destruição na bacia do Rio Doce, em Minas Gerais, com danos até a foz do rio, no Espírito Santo, e no Oceano Atlântico. Quarenta e nove municípios foram atingidos. Um ano depois, foi feito o primeiro acordo para indenizar as vítimas, e criado a Fundação Renova, para cuidar das ações de componentes de danos. Nove anos depois, segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), a Fundação Renova só conseguiu indenizar 112 mil pessoas. Esse acordo foi considerado insuficiente para garantir os direitos dos atingidos a uma peça justa e satisfatória.

Sair da versão mobile