A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) foi destituída da presidência da Comissão de Agricultura do Senado. De acordo com o líder do União Brasilsenador Efraim Filho (PB), que possui a vaga, a legenda reivindicou a posição na quarta-feira 5, depois de a senadora trocar de partido.
“Enviamos o ofício para que a carga seja designada a um membro do nosso partido, conforme previsto no regimento do Senado”, disse o parlamentar.
O novo presidente do órgão é o senador Alan Rick (União-AC). A sigla também cogitou removedor Thronicke da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, mas reconsiderou devido ao fato de ela ter sido a autora do primeiro pedido de criação da comissão para investigar os atos de vandalismo.
Diversos nomes, inclusive o do senador Sergio Moro, que atualmente é suplente no colegiado, estavam interessados nessa posição. Soraya é membro titular.
“Acei o pedido da senadora para que ela admitisse na CPMI, reconhecendo que foi a autora do requerimento para instalação da comissão”, afirmou o líder da União Brasil.
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mudança partidária
No final do mês passado, Soraya deixou o União Brasil por conta das divergências entre ela e o apoio do partido com o governo Lula. O parlamentar saiu do União e foi para o Podemos em busca de mais independência em seu mandato, segundo ela.
Esse será o terceiro partido da carreira política de Soraya. Ela iniciou sua trajetória em 2017, quando se filiou ao Novo. No ano seguinte, aceitou o convite do ex-presidente Jair Bolsonaro para concorrer ao cargo de senadora pelo PSL, até então uma agremiação nanica.
Em 2022, Thronicke apoiou a fusão entre o PSL e o DEM, que ganhou o nome de União Brasil. Por conta da sua proximidade com Luciano Bivar, presidente da sigla, conseguiu viabilizar seu nome para ser candidato à Presidência da República, colocando-se como opositora dos então candidatos Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva.