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Seca histórica: ONS deve apresentar ao governo na quinta plano de contingência para energia elétrica

Seca histórica: ONS deve apresentar ao governo na quinta plano de contingência para energia elétrica

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A informação consta na agenda da reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, à qual o g1 teve acesso. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) deve apresentar, na quinta-feira (19), um plano de contingência para garantir o fornecimento de energia em meio à seca histórica no país. A informação consta na agenda da reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), marcada para quinta-feira (19) às 13h30, no Rio de Janeiro. O g1 teve acesso ao documento. O plano de contingência foi comunicado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em ofício no último dia 6 de setembro. Queimadas registra e seca vários rios marcados no Dia da Amazônia Segundo o ministro, o objetivo é garantir o fornecimento de energia no sistema interligado e em Roraima — único estado que não está conectado ao restante do país. “Além disso, destaco que o Plano deve conter, entre outras, propostas de medidas concretas, para cada ano, a serem impostas pelas instituições que compõem o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico”, diz o ofício assinado por Silveira. O governo está preocupado com o fornecimento de energia porque o Brasil passa pela pior década dos últimos 94 anos e, com a chegada do calor, deve enfrentar picos mais altos de consumo. Apesar de os reservatórios das hidrelétricas ainda estarem acima de 50%, a quantidade de água que chega aos rios e é usada para gerar energia está abaixo da média histórica. 💡Como a maior parte das usinas hidrelétricas do Brasil são a fio d'água, ou seja, não “guardam” água, a situação acende um alerta no setor elétrico. Para minimizar os impactos, o governo já adotou algumas medidas, como o acionamento de usinas termelétricas para atender aos picos de consumo. O Ministério de Minas e Energia também cogita retomar o horário de verão. Retomada do horário de verão O ministro afirmou que solicita um estudo sobre a retomada do horário de verão, que seria entregue nesta semana. Especialistas apontam que a retomada do horário de verão não traz uma economia significativa de energia. Na verdade, a mudança se dá no horário em que as pessoas consomem mais. A volta do horário de verão está em estudo, diz ministro de Minas e Energia Dessa forma, de acordo com o governo, a medida poderia ajudar a operação do sistema elétrico ao deslocar o pico de consumo, que costuma ocorrer no início da noite. Nesse local, a geração de energia solar cai por causa da falta de sol. Ao mesmo tempo, a geração eólica só acontece porque há maior incidência de ventos noturnos e em determinadas épocas do ano. No intervalo entre a queda da energia solar e o aumento da eólica, há um pico de consumo que precisa ser suprido por energia hidrelétrica ou térmica. Com a redução dos reservatórios e menor geração por usinas hidrelétricas, por causa da seca, é necessário acionar mais termelétricas — caras e que poluem mais — para atender ao pico de consumo.

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