A proposta de liberação de cassinos e jogo do bicho foi aprovada pela CCJ do Senado e ainda será comprovada pelo plenário da Casa. Se o Legislativo for aprovado, o texto vai à sanção presidencial. Lula durante entrevista à Rádio Meio, do Piauí Reprodução/Canal Gov O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (21) que, se o Congresso aprovar o projeto que libera que cassinos, bingos e jogo do bicho, ele vai sancionar a proposta. Lula fez as declarações durante entrevista à Rádio Meio, de Teresina (PI), onde o petista cumpre agenda nesta sexta. Na última quarta-feira (19), por um cartaz apertado, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou um projeto que libera os jogos de azar no Brasil, como bingo, jogo do bicho e cassino. Entenda o projeto sobre jogos de azar O texto, que já foi aprovado pela Câmara, ainda terá de ser debatido e detalhado pelo plenário principal do Senado. Se o conjunto de senadores não promover alterações à proposta e aprová-la, o projeto seguirá para a sanção de Lula. Na entrevista que concedeu nesta sexta-feira, o presidente disse não ser favorável aos jogos de azar, mas afirmou também que não os considera um crime. “Se o Congresso aprovar e foi feito um acordo entre os partidos políticos e for aprovado, não tem por que não sancionar. Não acho que é isso que vai resolver o problema do Brasil. Essa promessa fácil de que vai gerar 2 milhões de empregos, que vai desenvolver, não é verdade também”, declarou. Lula afirmou que a liberação de cassinos, por exemplo, pode gerar empregos para pessoas mais pobres. “Eu não acredito que pobre vai gastar no cassino. Pobre não vai no cassino. Pobre vai trabalhar no cassino. Ele não vai porque é coisa para gente que tem dinheiro. Eu nunca fui num cassino”, declarou. O presidente também destacou a prevenção de casas de apostas esportivas online e declarou atenção com a prática entre os mais jovens. Com placar apertado, CCJ do Senado aprova liberação de jogos de azar Leilão do Arroz Na mesma entrevista, o presidente disse que a anulação do leilão do arroz se deu porque houve uma “falcatrua numa empresa”. Lula se referiu à polêmica concorrência para compra de arroz importado, que acabou cancelada após acusações de irregularidades e culminou na demissão do então secretário de Política Agrícola, Neri Geller. O governo pretende fazer um novo leilão de taxa de juros Lula criticou mais uma vez a manutenção da taxa Selic em 10,50% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central tomou uma decisão de forma unânime. “O sistema financeiro brasileiro não está preocupado em fazer investimento na produção, no setor produtivo. Ele está preocupado em especular, é por isso que a taxa de juros fica em 10,5% sem nenhuma explicação, sem nenhum investimento”, disse o presidente . Reforma ministerial e eleições Lula também afirmou que, no momento, não vê “necessidade de fazer reforma ministerial”. Atualmente, o primeiro escalonamento do governo tem 39 ministérios. “Estou satisfeito com meus ministros”, declarou. Lula voltou a afirmar que apoiará candidatos nas eleições legislativas, mas que tomará cuidado para não criar atritos com os partidos que lhe darão apoio no Congresso Nacional. O presidente também reforçou o compromisso para a derrota de candidatos alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “Onde não tiver candidato [do PT], você apoiará o candidato aliado. Não quero que os adversários ganhem, porque os adversários são negacionistas”, afirmou. Lula citou que apoia as candidaturas de Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo, de Eduardo Paes (PSD) no Rio de Janeiro, de Maria do Rosário (PT) em Porto Alegre e de Fábio Novo (PT) em Teresina.
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