Declaração foi dada após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dados divulgados nesta sexta pelo IBGE mostram que a inflação teve alta de 4,83% — acima da meta de 3%. O ministro da Casa Civil, Rui Costa TV Globo O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta sexta-feira (10) que o estouro da meta de inflação tem relação com cheias e com secas e, segundo ele, é algo que deve “se acomodar”. A declaração foi dada após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto (leia mais abaixo). Inflação fica em 4,83% em 2024 Em dezembro, o Banco Central (BC) já tinha admitido oficialmente que a meta de inflação, em 2024, seria descumprida novamente. A inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou acima do teto do sistema de metas, definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta para 2024 era de 3% e seria considerada formalmente cumprida se ficasse em um intervalo entre 1,5% e 4,5%. Os dados divulgados nesta sexta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que essa alta da inflação foi de 4,83%. “É evidente que essa variação da inflação tem impacto nesses dois eventos climáticos fortes que vocês acompanharam, noticiaram, tanto de seca em vários lugares do país como de chuva excessiva em vários lugares do país. Mas eu diria que isso deve se acomodar”, afirmou Rui Costa. “E o conjunto de medidas fiscais votadas em dezembro vai dialogar e já está proporcionando seus efeitos de reafirmar o compromisso absoluto fiscal do governo, trazendo de novo a inflação para dentro da meta e dentro dos limites no conjunto da política econômica prevista,.” ó ministro. A declaração foi dada após uma reunião entre Lula e ministros. Eles trataram principalmente sobre medidas a serem impostas pelo governo brasileiro diante das mudanças na política de moderação das plataformas da Meta, que administra o Instagram e o Facebook. Inflação Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE tiveram preços altos em dezembro, com destaque para o grupo de Alimentação e Bebidas. Foi um maior percentual alto no mês, de 1,18%, e também o maior impacto sobre o índice, de 0,25 ponto percentual (pp). Foi o quarto aumento consecutivo dos alimentos, puxados principalmente pelas carnes. Entre setembro e dezembro, elas acumularam altas de 23,88%. O gerente de pesquisa do IPCA, André Almeida, explica que, embora a alta dos alimentos seja causada por fatores como a destinação de safras para exportações, por exemplo, “as questões climáticas exerceram uma forte influência sobre esses itens”. – Esta reportagem está em atualização
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