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Quaest: melhora entre os mais pobres e trégua nas classes médias colocam governo Lula de volta no jogo da popularidade

Quaest: melhora entre os mais pobres e trégua nas classes médias colocam governo Lula de volta no jogo da popularidade

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A pesquisa também indica oscilação negativa da tradução entre evangélicos, segmento alvo de ações de Alckmin e ministros. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em cerimônia André Ribeiro/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO A nova rodada da pesquisa Quaest indica que a melhora no ambiente da economia real, com desemprego no menor patamar em dez anos e carrinhos de compras mais cheias nos supermercados, colocou o governo Lula de volta ao jogo da popularidade. A melhoria na avaliação do presidente foi puxada pelos mais pobres — entre os que ganham até 2 remunerações mínimas a desaprovação foi de 35% para 26% e a aprovação, de 62% para 69% —, mas a pesquisa também identifica uma espécie de trégua entre o petista e as aulas médias, quem ganha de 2 a 5 remunerações mínimas. O levantamento traz, pela primeira vez desde dezembro de 2023, uma reversão na curva de avaliação do trabalho que Lula vem fazendo, com uma vantagem, ainda que na margem de erro, para a aprovação: 50% a 47%. A própria pesquisa oferece elementos que ajudam a explicar essa movimentação. Em todas as faixas de renda a expectativa com relação à evolução da economia melhorou — 52% dos brasileiros acreditam que o cenário vai melhorar nos próximos meses. E, embora ainda seja suspeito, há um lampejo de esperança de melhorar o poder de compra: em todas as faixas o percentual dos que veem um poder de compra menor oscilou para baixo. Mas, embora dê um respiro a Lula, marcando uma pausa no ciclo de perda de popularidade, a pesquisa também traz alertas importantes. O público está com o presidente quando ele diz que a taxa de juros está em um patamar proibitivo no país: 87% concordam com essa avaliação. O debate direto com o presidente do Banco Central, porém, não ressoa tão fortemente. Quase 70% nem sabem que Roberto Campos Neto foi indicado por Jair Bolsonaro, o que indica dificuldade em reconhecê-lo como o adversário político pintado por Lula. Mais: o que a Quaest mostra com clareza é que o povo reconhece de longe o efeito nocivo desse debate que aparentemente mobiliza muito mais o mercado do que qualquer outro agente:75% dos brasileiros dizem que, sim, a alta do dólar vai impactar diretamente o preço dos alimentos e dos combustíveis. Ou seja: Lula acerta ao criticar juro, mas abraça o risco de corroer o que reconquistou ao investir em um rally com o mercado. LEIA TAMBÉM 66% concordam com críticas de Lula à política de juros do Banco Central, e 23% discordam Aprovação de Lula vai a 54% e volta a se despedir de reprovação, de 43%

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