A decisão foi tomada por profissionais de IFs e outras unidades de ensino básico, técnico e tecnológico mantidos pelo governo federal. Docentes de universidades federais deverão se posicionar ainda neste domingo (23); técnicos-administrativos de instituições de ensino superior já decidiram manter a paralisação. Imagens do IFSP de Sertãozinho (SP), com aulas paradas há quase dois meses por causa de greve de professores Willy Gabriel Costa Peres Professores da rede federal de ensino básico e técnicos aceitaram neste sábado (22) uma proposta de reajuste do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e decidiu suspender a greve nacional nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs), que se arrasta desde abril. O fim da paralisação também foi aprovado pelos técnicos-administrativos que integram os IFs e outras unidades de ensino básico, técnico e tecnológico mantidos pelo governo federal, entre os quais os Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) do Rio de Janeiro e de Minas Gerais ; e o Colégio Pedro II. A decisão foi tomada em um plenário do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). Segundo a entidade, as propostas de reajuste para as duas categorias foram aprovadas por 89 votos a 15. O Sinasefe informou que a greve dos professores e dos técnicos será suspensa logo após a assinatura dos acordos junto ao Ministério da Gestão e Inovação. Ainda não há dados para isso. Além dos IFs, as universidades federais também enfrentam greves de professores e técnico-administrativos. O governo já apresentou propostas às categorias, que ainda analisam e negociam os termos. Há expectativa de que os docentes das universidades se posicionem ainda neste domingo (23), por meio do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN). Já os técnicos vinculados às unidades federais de ensino superior decidiram, na sexta (21), manter a greve e dar início a uma nova rodada de negociação das propostas junto ao governo federal. Greve das Federais: o impasse na Educação Reajusta As propostas aceitas pelas categorias foram propostas e negociadas neste mês pelo governo federal. O acordo aprovado pelos técnicos-administrativos do ensino básico prevê dois reajustes salariais: em janeiro de 2025: 9% em abril de 2026: 5% Também há compromisso de melhorias em relação às remunerações por progressão de carreira. A proposta prevê ainda a criação, em 2026, do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), um benefício que permite a remuneração dos profissionais por titulações acadêmicas. Para os professores do ensino básico, técnico e tecnológico da rede federal, a sugestão de acordo do governo também prevê reajustes em 2025 e 2026, com percentuais diferentes para cada classe profissional. O acordo proposto pelo governo ainda prevê a revogação de uma portaria, editada em 2020, que elevou a carga horária mínima semanal para professores das unidades de ensino básico, técnico e tecnológico.
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