Eurípides Gomes Júnior é suspeito de desvio milionário de palavra partidária. A transferência para presídio em Brasília ocorreu nesta terça-feira (18). Eurípedes Gomes Júnior, presidente licenciado do Solidariedade, foi transferido à PF no último sábado (15) Reprodução/GloboNews O presidente licenciado do Solidariedade, Eurípedes Gomes Júnior, foi transferido para a penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, na noite desta terça-feira (18). Ele estava na superintendência da Polícia Federal em Brasília desde a manhã do último sábado (15). Eurípedes foi entregue à PF depois de ser considerado foragido. A GloboNews apurou que o presidente licenciado do Solidariedade deve prestar depoimento ao pesquisador nesta quinta-feira (20). Ele é alvo de operação que apura supostos desvios de recursos, nas eleições de 2022, dos fundos partidários e eleitorais do partido PROS – que foi incorporado pelo Solidariedade no ano passado. A defesa de Eurípedes afirmou que será provada perante a Justiça “a insubsistência dos motivos” para prisão e a “inocência total” do dirigente partidário. Em nota, o Solidariedade informou que Eurípedes solicita licença de presidência da legenda por prazo indeterminado. O deputado federal Paulinho da Força (SP) assumiu o comando nacional da sigla. As investigações resultaram de uma denúncia feita por Marcus Vinicius Chaves de Holanda, que foi presidente do PROS. Ele acusou Eurípedes Júnior de desviar cerca de R$ 36 milhões do partido. Presidente do Solidariedade é entregue à PF Na operação da última quarta-feira (12), os policiais buscaram desbloquear R$ 36 milhões e 33 imóveis do grupo. Na ocasião, Eurípides não foi encontrado em casa pelos agentes durante a operação. Ele tinha uma viagem marcada, mas também não compareceu ao aeroporto. O dirigente partidário chegou a ter o nome incluído na lista vermelha da Interpol, antes de se entregar neste sábado. LEIA TAMBÉM Entenda como funcionava o esquema de desvio de recursos do PROS Saiba quem é Eurípedes Gomes Júnior, alvo de operação da PF Além de Eurípides, foram alvos dos mandados de prisão: Cintia Lourenço da Silva, primeira tesoureira do Solidariedade. Ela foi presa. Alessandro, o Sandro do PROS, que foi candidato a deputado federal. Também foi preso. Berinaldo da Ponte, ex-deputado distrital do Distrito Federal, foi alvo de mandato de busca e apreensão. Helicóptero apreendido PF apreendeu em Goiânia presidente que teria sido comprado com dinheiro público desviado de recursos do PROS Divulgação/PF Os mandados foram autorizados pela Justiça Eleitoral do Distrito Federal. Em Goiás, a PF apreendeu R$ 26 mil em espécie. Também foi apreendido, em Goiânia, um presidente registrado em nome do PROS. A aeronave teria sido adquirida com recursos públicos desviados dos fundos do partido. O presidente teria custado R$ 2,4 milhões. A aeronave, modelo R66, estaria sendo usada somente para fins particulares do presidente do Solidariedade, Eurípedes Junior. Ele também emprestou o helicóptero para amigos e familiares, segundo o pesquisador. Investigações sobre a filha de Eurípedes As investigações também apontam que há promessas de que a ex-vice-presidente do partido PROS e atualmente secretária-executiva do Solidariedade, Jhennifer Hanna, obteve viagens internacionais, bolsas de estudo e cargas com dinheiro desviado do partido . Jhennifer é filha de Eurípedes. A investigação também aponta que Jhennifer tem um patrimônio que não condiz com seus ganhos. “A autoridade policial destacou que há fingidos de que a investigada leva um estilo de vida social incompatível com seus rendimentos declarados. Além disso, existe a suspeita de que ela tenha sido beneficiada com cargas, bolsas de estudos e viagens internacionais custeadas com recursos do partido e da fundação do partido”, afirmou o juiz Lizandro Garcia, da 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, que autorizou a operação. “Esses detalhes indicam possíveis irregularidades relacionadas à conduta da investigada e ao uso indevido de recursos partidários”, continua o magistrado. Outro lado Berinaldo Pontes, por meio de sua defesa, informou que demonstrará perante a Justiça “não apenas a insubsistência dos motivos que propiciaram a sua busca e apreensão, mas ainda a sua total inocência em face dos fatos que estão sendo apurados nos autos do inquérito policial”. Leia a nota completa dos advogados de Eurípedes, José Eduardo Cardozo e Fabio Tofic Simanthob: 1- Após ter se licenciado do exercício das suas funções de dirigente partidário, o Sr. Eurípedes Gomes Macedo Júnior, voluntariamente, apresentou-se à Polícia Federal do Distrito Federal, para permitir o cumprimento do mandato de prisão preventiva expedido em seu desfavor. 2- Os advogados que integram a sua defesa afirmam que o Sr. Eurípedes Gomes de Macedo Júnior demonstrou perante a Justiça não só a insubsistência dos motivos que propiciaram a sua prisão preventiva, mas ainda a sua total inocência diante dos fatos que estão sendo apurados nos autos do inquérito policial em que foi determinada a sua prisão preventiva. Brasília, 15 de junho de 2024
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