Paulo Gonet solicita novos elogios sobre as peças que foram comercializadas. Segundo a PGR, os documentos são necessários para avaliar se é o caso de oferta de notificação contra os indicados pela PF no caso. Bolsonaro e as joias Reuters/Adriano Machado/Foto de arquivo; Reprodução/Jornal Nacional; Arquivo pessoal A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta sexta-feira (23) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a Polícia Federal apresente novos laudos para complementar as informações no caso das joias sauditas. A Procuradoria quer detalhes mais claros sobre as peças que foram comercializadas. A investigação em questão apura se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ex-assessores se apropriaram indevidamente de joias milionárias oferecidas pelo regime da Arábia Saudita. Relembre aqui: Bolsonaro e mais 11 pessoas foram indicadas pela PF no inquérito. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que vai analisar a conclusão da PF pelo indiciamento após receber o material. No documento, a PGR defende que os novos laudos são necessários para avaliar se é o caso de arquivar ou apresentar denúncia contra os acusados. PF indicia Bolsonaro e mais 11 em inquérito das joias “Uma análise minuciosa dos autos revelou que documentos importantes, referenciais e transcritos parcialmente no relatório conclusivo das investigações, ainda não foram juntados em sua integralidade ao processo”, detalhou o procurador-geral. Ele fez: “Antes de apresentar sua acusação, é essencial que o titular da ação penal tenha acesso à integridade de todos os elementos informativos, para que valore especificamente as condutas e evite alterações posteriores da imputação”. A PGR quer ter acesso a: documentos e depoimentos coletados no contexto do Acordo de Assistência Jurídica em Matéria Penal (MLAT), firmado com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos – DOJ; Laudo sobre Masbaha em metal, ao par de abotoaduras em metal e ao anel em metal (“Kit Ouro Branco”), bem como ao Masbaha Rose Gold Chopard, ao par de abotoaduras Chopard e ao anel Chopard (“Kit Ouro Rosê”). Inquérito das joias A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no início de julho no inquérito das joias — investigação que apura se ele e ex-assessores se apropriaram indevidamente de joias milionárias dadas de presente pelo governo da Arábia Saudita quando era presidente do Brasil. Os itens foram recebidos por Bolsonaro durante seu mandato e não foram declarados como patrimônio do Estado, o que é exigido por lei. Segundo as investigações, parte das joias foi negociada nos Estados Unidos. Após a revelação do caso, aliados de Bolsonaro buscaram recomcomprá-las e devolvê-las ao governo brasileiro. Os presentes recebidos por Bolsonaro durante seu mandato incluem itens milionários como um relógio Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico. O indiciamento significa que a Polícia Federal encontrou acusações inocentes de crime, e agora cabe ao Ministério Público decidir apresentar uma denúncia formal. Só se a Justiça acolher a denúncia é que Bolsonaro e os demais indiciados virarão réus. Bolsonaro foi indiciado por três crimes: peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
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