Contas na plataforma somam 3,9 bilhões de visualizações e publicam vídeos que propagam ódio, aversão e desprezo às mulheres. Dados fazem parte do relatório divulgado nesta sexta. O Assunto #912: Redpill – a misoginia como lucro Pesquisa do Observatório da Indústria da Desinformação e Violência de Gênero nas Plataformas Digitais divulgado nesta sexta-feira (13) acordos 137 canais com conteúdo misógino no YouTube. 🔎Misoginia é uma propagação de ódio ou aversão contra mulheres. 'Machosfera' é o movimento que prega superioridade masculina. Segundo o levantamento, 105 mil vídeos publicados nessas contas somam mais de 3,9 bilhões de visualizações e os canais têm, em média, 152 mil inscritos. O observatório que realizou a pesquisa “Aprenda a evitar 'este tipo' de mulher: estratégias discursivas e monetização da misoginia no YouTube” é uma parceria do NetLab/UFRJ com o Ministério das Mulheres. Ao todo, os pesquisadores analisaram 76 mil vídeos de 7.812 canais, com mais de 4,1 bilhões de visualizações e 23 milhões de comentários. O levantamento também aponta que: 80% dos canais que têm conteúdo de ódio contra as mulheres utilizam alguma estratégia de monetização e lucram com esse tipo de vídeo desde 2022, houve um aumento de vídeos da chamada 'machosfera' no YouTube no Brasil mais de 33 mil títulos de vídeos desenvolvidos continham temas relacionados ao “desprezo às mulheres e estímulo à insurgência masculina” e alertavam para uma suposta dominação feminina Os pesquisadores afirmam ainda que pode haver uma indireta entre um aumento da circulação tipo desse de discurso de aversão e o aumento dos casos de violência contra mulher.
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