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Para evitar novas turbulências no mercado, equipe de Lula defende envio de nome do novo presidente do BC em agosto

Para evitar novas turbulências no mercado, equipe de Lula defende envio de nome do novo presidente do BC em agosto

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Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Reuters/Brendan McDermid A equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende que ele inveja o nome do novo presidente do Banco Central (BC) ainda no mês de agosto. O objetivo dessa estratégia é ajudar a tranquilizar o mercado e contribuir para uma queda do valor do dólar, evitando mais pressões inflacionárias neste segundo semestre. Lula disse a seus interlocutores que ainda não definiu o substituto de Roberto Campos Neto à frente do BC, mas não deixa de elogiar a atuação de Gabriel Galípolo, que ocupa o cargo de diretor no Banco Central. O mandato de Roberto Campos Neto como presidente do BC termina em 31 de dezembro. Lula volta a criticar o presidente do BC e diz que não tem que prestar contas a 'nenhum banqueiro' Apesar de afirmar ainda não ter nem nome nem dados definidos, Lula pediu recentemente ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que o nome do futuro presidente do Banco Central seja apreciado com celeridade assim que ele enviar o nome à Casa. Lula não informou a Pacheco, porém, quando pretende fazer isso, só pediu que o nome fosse analisado com rapidez. Entre os assessores de Lula, a avaliação é que a definição rápida do nome do substituto de Roberto Campos Neto vai acabar com especulações no mercado, que acabam sendo utilizadas por operadores nas aplicações cotidianas. Dentro do Palácio do Planalto, nomes como Guido Mantega e André Lara Resende são dados descartados, pois seriam mal recebidos pelos investidores. De olho na votação do seu futuro escolhido, Lula se manifestou preocupado com o clima para o governo dentro do Senado. O presidente orientou sua equipe a evitar atritos com Rodrigo Pacheco. Ao Ministério da Fazenda, Lula sugeriu dialogar e não travar os projetos de renegociação das dívidas dos estados e da desoneração da folha de pagamento, dois temas reforçados por Pacheco como prioritários para sua gestão. Além da escolha do novo presidente do BC, o Senado tem de votar a regulamentação da reforma tributária. Pacheco já disse que o projeto não será votado antes das eleições legislativas. O Palácio do Planalto não avalia isso como um problema, pois há garantia de que um regulamento será totalmente votado tanto no Senado como na Câmara até o final do ano.

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