Governo trabalha para fechar a proposta que será enviada para análise do Congresso Nacional. O mercado financeiro pressionou por medidas de equilíbrio fiscal. Lula e Haddad em imagem 3 de julho de 2024 WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a se reunir com ministros da área econômica, nesta quinta-feira (7), para discutir as medidas de corte de gastos planejam adotar. Lula convocou para o encontro no Palácio do Planalto os ministros que participaram da junta de execução orçamentária (JEO), órgão que assessorou o presidente nas políticas fiscais. Foram chamados: Fernando Haddad (Fazenda) Rui Costa (Casa Civil) Simone Tebet (Planejamento) Esther Dweck (Gestão) O governo realizou uma série de reuniões nos últimos dias com ministros para fechar os cortes necessários para manter o arcabouço fiscal — a regra das contas públicas — operante. O mercado, que pressionou o governo por medidas de equilíbrio fiscal, aguarda para esta semana o anúncio das medidas, que serão enviadas para aprovação do Congresso Nacional. Na quarta-feira à noite, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a reunião desta quinta foi convocada para discutir os últimos detalhes do plano. Também na quarta, Lula criticou em entrevista o que chamou de “uma certa hipocrisia” do mercado financeiro na discussão, cobrou colaboração do Congresso e afirmou que os cortes não podem mais ser feitos “em cima do ombro das pessoas mais necessitadas”. Aperto em despesas Camarotti: alta de juros pressionada corte de gastos do governo O plano planejado pelo governo prevê que algumas despesas passem a ser corrigidas pela mesma regra do arcabouço fiscal. No arcabouço fiscal há um limite para as despesas, que não pode subir mais do que 70% da alta da receita, e não pode avançar mais do que 2,5% por ano, acima da inflação. O governo pretende enviar ao Congresso uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para determinar que mais despesas passem a ter esse teto de crescimento. A alta dos gastos acima do previsto no arcabouço reduz o espaço de investimentos e dificulta o financiamento da máquina pública. Haddad já informou que Lula deverá conversar com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre uma proposta que exigirá a aprovação dos congressistas.
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