O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acompanhou os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para a comitiva que viaja à China no final deste mês. Já há um aceno positivo por parte de Pacheco, mas Lira ainda não indicou se vai.
Depois de deixar uma visita ao principal parceiro econômico para depois da ida aos Estados Unidos e aos países da América Latina, o governo brasileiro prevê uma agenda na China com o dobro de tempo na comparação com a estadia nos EUA e uma comitiva maior.
Devem participar da viagem oficial parlamentares, além de ministros, como Fernando Haddad (Fazenda), Marina Silva (Meio Ambiente) e Mauro Vieira (Relações Exteriores). A ex-presidente Dilma Rousseff, indicada por Lula para o comando do banco do Brics, também estará em viagem, oportunidade em que deverá ser formalmente representada como deputada brasileira para o cargo.
Apesar da previsão de discussão abordada para a área industrial, o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, não deve acompanhar o grupo, já que substituirá Lula na presidência durante a ausência do petista no Brasil.
Em contrapartida, fará as vezes um grupo de 100 empresários de diferentes setores da exportação. será um encontro organizado pelo Conselho Empresarial Brasil-China durante o período.
A viagem é vista como uma das mais importantes do ano pela equipe do Poder Executivo em razão da importância da China nas parcerias com o Brasil. Lula quer desfazer rusgas diplomáticas e comerciais entre os dois países, especialmente em relação à tecnologia 5G e insumos e vacinas contra a Covid-19.
Serão três dias completos na China, com um encontro entre Lula e o presidente chinês Xi Jinping, em Pequim, no dia 28. O encontro com empresários autônomos no dia 30, em Xangai.
Na pauta dos encontros, está a discussão das relações comerciais, com foco no setor industrial e do agronegócio, transição energética e segurança alimentar. O governo brasileiro busca atrair novos investimentos e cooperação econômica, além do fortalecimento do relacionamento entre os dois países.
Haverá, ainda, debates sobre a reformulação do Conselho de Segurança e métodos de trabalho da Organização das Nações Unidas (ONU). Outro item a ser discutido é a produção conjunta de satélites com foco no monitoramento ambiental.
O governo brasileiro quer também se firmar como protagonista na ONU para intermediar soluções que considerem fim à guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
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