O presidente Lula empoderou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante a reunião do Conselho nesta quinta-feira (28). Essa é a avaliação de empresários presentes ao encontro – que, mais uma vez, foram alvo de denúncia do presidente da República. Para esses empresários, a sinalização de Lula a favor de Haddad tem efeito positivo para a economia e tende a despertar o mercado em breve. Em mais de uma oportunidade, durante sua fala, Lula fez gestos de apoio na direção de seu ministro da Fazenda, o que acaba também sendo uma sinalização para aqueles que, dentro do próprio governo, estavam querendo minar Haddad. Às vésperas da política, foram divulgados os últimos parágrafos, como indícios de infração do ministro da Fazenda, para pressionar o Ministério da Fazenda a deixar de lado qualquer tentativa de fazer cortes. Nesta quinta, Lula manteve sua defesa dos gastos sociais e dos investimentos em infraestrutura. Mas ressaltou que não se pode gastar mais do que se arrecada, citando um conselho que sua mãe lhe deu. O empresário deveria que foi a forma de Lula dizer que haverá espaço para fazer corte de despesas – algo que Lula nunca negou, mas também nunca defendeu como prioridade de governo. Ou seja: aqueles que estavam apostando no enfraquecimento de Fernando Haddad receberam o recado claro de Lula de que ele segue sendo seu principal ministro. Lula indica não estar satisfeito de que o corte de gastos seja necessário e desclassificado do mercado; Bruno Carazza comenta Críticas ao mercado Durante a reunião do Conselhão, Lula voltou a fazer novas críticas ao mercado. Disse que ele gosta de especular, muitas vezes sem motivo algum, não tendo nenhuma preocupação com a parcela mais pobre da população. Por outro lado, foram emitidos sinais para a plateia de que tem um interlocutor no sistema financeiro: o presidente da Febraban, Isaac Sidney, citado por Lula em sua fala mais de três vezes. Isaac foi um dos escolhidos para falar durante a reunião do Conselho, reforçando a importância de fortalecer o ministro da Fazenda para afastar as turbulências da economia. O empresário gostou do que ouviu, por entender que esta é a forma do presidente se comunicar politicamente. Mas fez ressalvas, é claro, às falas mais duras de Lula, incluindo o momento em que o presidente sinalizou despreocupação com o tamanho da dívida pública do país. Lula disse que, em comparação com as dívidas dos Estados Unidos, Japão, Alemanha e Itália, “a dívida brasileira é alta”. A dívida pública do Brasil realmente é menor, mas seu custo de financiamento é muito maior proporcionalmente, porque a taxa de juros aqui é muito mais alta. Além disso, o mercado tem receitas de que o Brasil, como já fez no passado, deixe de pagar sua dívida. 'Haddad jamais ficará enfraquecido enquanto eu for presidente', diz Lula
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