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Lula celebra origem sindical e reafirma compromisso com trabalhadores

Lula Celebra Origem Sindical E Reafirma Compromisso Com Trabalhadores.jpg

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse neste domingo (23) que o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC), assim como outras da categoria, o alavancou ao cargo, “algo, até então, impossível”, e ajudou a criar o Partido dos Trabalhadores (PT). Lula também indicou o novo presidente da entidade, Moisés Selerges Júnior, com mandado até 2026, como um nome de peso nas conexões entre empregadores e empregados do setor, o que pode gerar especulações sobre a possibilidade de ganhar projeção na esfera política.

Em um gesto de fortalecimento de sua base, Lula participou do evento que marca a posse da nova direção do SMABC, realizado em São Bernardo do Campo. Também compareceram os ministros do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, e a primeira-dama, Janja Lula da Silva.

“Sempre ou era intelectual, ou representava banqueiro, empresário, mas trabalhador trabalhador, nós somos a primeira experiência. E temos a mais exitosa experiência deste país”, afirmou Lula.

Ao destacar o protagonismo e o engajamento de Moisés Selerges, o presidente ainda deixou um recado a ele, frisando que não deveria se esquecer de que o envolvimento coletivo “começa na porta da fábrica”.

Em seu discurso, Moisés lembrou que a resistência da classe trabalhadora e dos movimentos sociais foi importante nos últimos anos: “É hora de reconquistar a democracia, de reconquistar nossos direitos”.

Respeito

Durante sua fala, Lula também enfatizou que foi sua gestão a que estabeleceu melhores condições de trabalho em todo o país, estendendo a garantia de direitos trabalhistas aos grupos mais instruídos, como o das domésticas.

Lula declarou, ainda, que irá dedicar o tempo que resta no Palácio do Planalto para melhorar a vida dos brasileiros e que seu compromisso “não é com banqueiros”, e sim com a classe de trabalhador. Como desejado, completou, deve ser a geração de empregos, o incremento do salário e a expansão do poder aquisitivo. “E você sente que o preço da comida está baixando”, observou.

“Se nós produzimos carro, se nós queremos carro. Se nós produzimos computador, nós queremos computador.

Para Lula, outra questão que exige atenção são os resquícios do bolsonarismo e, como consequência, o que chamou de retomada de um clima civilizado. “As pessoas não têm que se gostar, têm apenas que se acompanham”, ponderou.

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, ainda mencionou a necessidade de se revogar medidas que facilitassem o acesso a armas de fogo no país, o que atinge especialmente as mulheres. O parlamentar já tem sinalizado preocupação com o assunto, nos últimos dias. O governo federal revisou regras nesse campo, sobretudo no que diz respeito a armas de civis, incluindo colecionadores, atiradores e caçadores, pelo Plano de Ação na Segurança (PAS), assinado nesta sexta-feira (21).

“São os sindicatos que organizam os trabalhadores, que lutam por direitos e sabem o que é planejado para o país”, frisou Gleisi, citando a criminalização dos movimentos sociais, durante o governo de Jair Bolsonaro.

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