O anúncio ocorre um dia depois do ministro Flávio Dino dá prazo de cinco dias para que o governo federal amplie o número de profissionais presentes no combate aos incêndios na Amazônia e no Pantanal. Ministro Ricardo Lewandowski durante uma audiência na Câmara. Vinicius Loures/Câmara dos Deputados O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou nesta quarta-feira (11) a convocação de mais 150 bombeiros militares da Força Nacional para atuar no combate aos incêndios florestais no país De acordo com o Ministério da Justiça, “o efetivo será encaminhado para a chamada região da Amazônia Legal”. “O efetivo total, de 150 homens, estará na região amazônica até a próxima semana. Os agentes já estão em posição. Eles se juntaram aos 162 bombeiros que estão presentes, desde junho, em operações contra queimadas na Amazônia e no Pantanal”, informou. Ainda de acordo com o Ministério, foram enviados oficiais a 21 estados não atingidos por incêndios florestais para solicitar que esses bombeiros locais se apresentassem voluntariamente para atuar no combate aos incêndios florestais. A pasta ainda pretende acionar, nos próximos dias, outros 50 bombeiros que fazem parte de um cadastro reserva da Força Nacional. Na tarde desta quarta, o secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, participou de uma reunião com o Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil (Ligabom) para tratar da convocação dos bombeiros militares. Determinação de Dino O anúncio ocorre um dia depois do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino dar prazo de cinco dias para que o governo federal amplie o número de profissionais participantes no combate aos incêndios na Amazônia e no Pantanal. Dino é relator no Supremo das ações que questionam a atuação do governo na crise provocada pelos incêndios florestais no país. Dino determina que o governo convoque mais bombeiros para combater os incêndios Nesta terça, o ministro participou de uma audiência de conciliação no STF em que foi avaliado o cumprimento das determinações da Corte para que o governo apresente panos de prevenção e combate a esses incêndios. Dino classificou a situação provada pelas queimadas como “grave” e “inaceitável”. Ele afirmou que o país vive uma “autêntica pandemia de incêndios florestais”. Foi ao fim dessa audiência que Dino decidiu fazer novas determinações ao governo, entre elas a convocação de bombeiros para fortalecer a atuação da Força Nacional nos focos de fogo no Pantanal e na Amazônia. O ministro determinou ainda que a Polícia Federal e as polícias civis nos estados façam um mutirão para investigar a origem e as causas dos incêndios; a ampliação do número de aeronaves, públicas e privadas, nas ações de combate ao fogo; e a adoção de um plano emergencial para prevenção e enfrentamento de incêndios florestais adversos ao período de estimativa de 2025.
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