A avaliação é de que, diante da piora das expectativas do mercado, a manifestação de Haddad não será suficiente, Lula precisa falar para reverter o cenário. Presidente deve almoçar com ministros na sexta-feira (20). Dólar bate novo recorde e chega a R$ 6,26 Integrantes do governo defendem, em reservado, que Lula (PT) precisa mandar um recado claro e direto ao mercado para tentar conter a escalada do dólar. A avaliação é que as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, perderam força, e que apenas uma manifestação de Lula que demonstra o compromisso do governo com a busca de soluções para controlar o endividamento público poderia reverter o cenário. Na quarta (18), o dólar fechou em forte alta e bateu mais um valor recorde de cotação: R$ 6,2672. Com alto de 2,82%, é o maior percentual desde 10 de novembro de 2022 (4,10%). A moeda brasileira segue derretendo conforme pioraram as expectativas do mercado financeiro com o desenho do pacote de cortes de gastos enviado pelo governo federal ao Congresso Nacional. Alta do dólar: PF abre esta semana apuração sobre notícias falsas que afetaram o mercado Na noite desta terça-feira, as primeiras medidas foram aprovadas pelos parlamentares: a Câmara dos Deputados aprovou o texto que proíbe a ampliação de benefícios tributários quando as contas públicas apresentar um desempenho negativo. Além disso, quando o déficit primário do registrador do governo (situação em que as despesas são maiores que o dinheiro arrecadado), a proposta aprovada ativa um “gatilho” que limita o aumento de gastos do governo com pessoal. Há expectativa de que a Câmara vote nesta quarta outros pontos centrais do pacote de corte de gastos, como mudanças na regra do salário-mínimo e abonos salariais. Depois, as propostas seguem para o Senado. Lula deve voltar a Brasília e almoçar com ministros O presidente passa por exames em São Paulo nesta quinta. Se tudo estiver dentro da normalidade, Lula voltará a Brasília e deverá se reunir com ministros na sexta (20) durante um almoço que substituirá a tradicional reunião ministerial de fim de ano. O almoço deve acontecer na Granja do Torto, residência de campo da Presidência da República. O formato menos rígido do encontro tem como objetivo preservar o presidente, que esteve internado na semana passada para fazer um procedimento de emergência na cabeça em decorrência de queda no banheiro em outubro.
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